Fora do Ciclo III - O Diário de Henry.

Capítulo de nº. 16 - O Último Ato de Recuperação.

22 de Julho de 2024, Nova York, Estados Unidos da América.

Ele ouviu sirenes ao longe e sabia que não tinha muito tempo. Precisava se mover, precisava de ajuda. Com dificuldade, usou o telefone que milagrosamente ainda funcionava para chamar uma ambulância anônima, inventando uma história sobre um acidente para evitar atrair atenção indesejada. Enquanto esperava, ele fez o possível para estancar o sangramento, usando pedaços de suas roupas rasgadas como torniquetes improvisados mesmo tendo caído do prédio sobre controle de Dominik, achou meio de garantir sua sobrevivência ao ter orquestrado um mecanismo para enganar Kazuki e aos outros que acreditaram que ele teria perdido a vida.

Enquanto isso, Rodrigues e Ethan estavam no centro de operações montado pela polícia, FBI e CIA. Eles haviam descoberto a localização de Henry, Kazuki, Reymond e Brix. Rodrigues, um oficial veterano conhecido por suas habilidades de negociação, analisava a situação ao lado de Ethan, um agente da CIA com vasta experiência em operações de captura.

"Temos uma oportunidade única aqui," disse Ethan, apontando para o mapa. "Eles estão concentrados neste edifício e percebemos o momento da queda de alguém lá de cima, contudo tendo realizado o cerco, acreditamos fortemente que ninguém irá sair deste local. Precisamos agir rápido antes que percebam que foram localizados."

Rodrigues assentiu, seu olhar fixo no mapa. "Vamos dividir nossas forças. A SWAT entrará pela frente, enquanto agentes disfarçados se infiltram pelos fundos. Precisamos cercá-los completamente. E quanto a Kazuki?"

"Ele é o mais imprevisível," respondeu Ethan. "Mas temos que tentar. Vamos manter um grupo de reação rápida na área para interceptá-lo se ele tentar fugir."

"Entendido. Vamos sincronizar nossos movimentos. Não podemos deixar que escapem."

O local do incidente fervilhava de atividade. Carros pretos e veículos blindados chegavam em alta velocidade. Agentes do FBI e da CIA, junto com unidades da SWAT, se posicionavam em torno do edifício. O céu estava tingido com o brilho intermitente das luzes das viaturas, criando uma atmosfera tensa e carregada de expectativa.

"Temos um cerco completo", gritou um dos agentes da SWAT, ajustando sua arma. "Nenhuma saída possível."

Dentro do prédio, Reymond e Brix trocavam olhares nervosos. Eles sabiam que a situação era crítica. Decidiram tentar uma última fuga desesperada, disparando contra a SWAT na tentativa de abrir caminho, após tentarem retornar pelas escadas e observarem as forças de segurança se mobilizando num ritmo acelerado com objetividade de realizar a captura deles.

" Eu não pretendo morrer aqui sem antes ceifar a vida do assassino da minha família. É agora ou nunca! " exclamou Reymond, seus olhos queimando com uma mistura de medo e determinação.

"Vamos retornar e encontrar uma forma de sair daqui, não podemos ficar aqui esperando para sermos pegos!" gritou Brix, segurando sua arma com mãos trêmulas.

O som de tiros ecoava pelo corredor enquanto a SWAT avançava, escudos erguidos. A troca de tiros era intensa, as balas ricocheteando nas paredes de concreto. Um agente da SWAT foi atingido e caiu, mas a equipe continuou a avançar, forçando Reymond e Brix a recuar para um escritório no final do corredor.

Rodrigues surgiu na linha de frente, pronto para negociar. "Reymond, Brix, vamos resolver isso sem mais derramamento de sangue!" gritou ele. "Vocês não têm para onde ir. Renda-se e garantimos que terão um julgamento justo."

Reymond hesitou, a arma ainda levantada. "E se recusarmos? Eles vão nos matar."

"Vocês têm minha palavra", insistiu Rodrigues. "Rendam-se agora e terão uma chance."