Prólogo

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Sejam bem vindos (as) a Assim Como a Lua! Pegue um lanchinho e venha se deliciar com um romance adolescente não tão clichê assim. 

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POV - Aisha

— O pôr do sol é tão lindo, você não acha, Noah? - apoio os cotovelos sobre o batente da janela enquanto observava o sol se pôr ao longe. Ao meu lado estava meu irmão mais velho, distraido com a cara enfiada em seu celular, claramente sem dar a mínima importação para o que eu havia dito. 

Ouço a porta do quarto abrir, e viro-me para ver. Sem demora, Noah volta seu olhar para a mesma direção e levanta ao notar que era nosso pai. 

— O jantar está na mesa, é melhor virem logo antes que esfrie. - Ele fala, saindo dali em seguida, e voltando para a cozinha. 

Antes de seguir para a cozinha, encaro Noah, curiosa para saber o que tanto ele digitava de forma frenética naquele celular. Ele guarda o celular no bolso e me encara de volta, sem proferir nenhuma palavra sequer. 

— Vai ficar me encarando assim sem dizer nada? O quê você quer? 

— Com quem estava conversando? É alguma namoradinha nova? - Pergunto, semicerrando os olhos, sorrindo com o canto dos lábios para ele. O mesmo riu, e jogou uma das almofadas que estavam ao seu lado em minha direção, acertando em cheio meu rosto. 

— A curiosidade matou o gato! É melhor descer logo, ou quem vai lavar a louça hoje vai ser você!

Dito isso, Noah saiu correndo do quarto e fechou a porta. Ao perceber que ele fez isso para me fazer ser a última a descer, a louça sobraria apenas para mim. Levantei em um pulo e corri para o acompanhar. E no fim, chegamos quase ao mesmo tempo na cozinha, já que o alcancei ao descer as escadas pulando de dois em dois degrais.

Encontramos a mesa posta e o papai colocando os últimos talheres sobre a mesa. O abraçamos e em seguida sentamos junto a ele na mesa. 

— O cheiro está divino! — exclamou Noah, já pegando o garfo e se servindo com a macarronada que papai havia feito. Pude ver um sorriso escapar dos lábios de nosso pai, e esse também me fez sorrir. — Você já pode participar do MasterChef, saiba que tem meu total apoio! 

— Vou pensar na possibilidade de me inscrever quando as vagas abrirem. — disse nossa pai, rindo e se deliciando com sua obra prima. 

— Pai... — chamou Noah, ainda com a boca cheia de macarronada — Uns amigos vão vir fazer um show aqui perto na próxima semana... — tentou falar enquanto comia.

— Noah, engole primeiro, depois você fala! Cadê seus bons modos? — Falei, acertando um leve tapa em seu braço. Ele afirmou, tomando um gole de água para conseguir engolir e em seguida continuou o que estava falando, enquanto nosso pai o encarava pacientimente.

— Uns amigos vão vir para a cidade na próxima semana, eles têm uma banda e irão tocar na abertura de um show... eles gostariam de saber se podem ficar uns dias aqui, enquanto se organizam para ficar em um hotel. Eles ficaram sabendo desse show em cima da hora e não tiveram tempo de se programarem... — Noah falou com a maior tranquilidade do mundo. 

Papai soltou o garfo com calma sobre o prato e juntou as mãos próximas ao seu rosto, voltando seu olhar para Noah, afirmando com um aceno de cabeça, e logo virei-me para Noah. 

— Vai trazer aqueles seus amigos bagunceiros para cá? — ao falar isso, Noah revira os olhos e me encara.

— É só por alguns dias, não vão morar aqui para sempre. E eu estou perguntando ao pai se pode, não se envolva na nossa conversa. — falou Noah, fazendo um círculo na mesa, mostrando que envolvia apenas ele e nosso pai.

Sequer tive tempo de rebater, nosso pai não tardou em opinar, claramente evitando uma discussão desnecessária durante o jantar.

— Filho, se for por alguns dias, não vejo problema. Mas deixe isso bem claro para eles. — virou seu olhar para mim e disse em seguida — É apenas por alguns dias, Aisha. Temos quartos de hóspedes que eles podem ficar.

— É, Aisha, só por alguns dias. — Repetiu Noah, com tom de deboche e isso fez meu sangue fever.

Respirei fundo, apenas controlando todas as palavras absurdas que vinham na minha mente naquele instante, e assim seguimos o restante do jantar.

Não tenho nada contra os amigos do Noah, pelo contrário, são rapazes até que simpáticos. Mas não faço questão de vê-los novamente. Não depois do que me fizeram passar durante a época do colégio. Principalmente o Ethan.

[...]

No dia seguinte, acordei com o barulho ensurdecedor de guitarra, que vinha do quarto ao lado. Falhei em tentar abafar aquele som com um travesseiro em meu rosto e logo levantei para ir até lá.

— Noah! Noah!

Chamei pelo mesmo, batendo fortemente na porta de seu quarto, com mísera esperança de que ele escutasse.

— Noah, desliga isso! — gritei novamente, desta vez acertando um chute na porta. Não demorou para que o barulho cessasse e a porta fosse destravada. — Perdeu a noção, garoto?

Encarei o garoto descabelado na minha frente enfurecida por ter sido acordada desta forma.

— Você não acha que já passou da hora de está dormindo? Tem noção de que horas são? — Se apoiou na porta com uma mão na cintura e respirou fundo. — Você não tinha um compromisso com sua amiga hoje?

Ou ouvir isso, lembrei que realmente havia marcado de ir com Caith em uma loja de roupa, para escolhermos um vestido para o baile, e rapidamente voltei para meu quarto e troquei de roupa o mais que consegui.

Procurei pelo meu celular e o mesmo estava descarregado. Caith deveria está naquele momento me xingando de todos os palavrões possíveis, tanto pelo atraso, como pelo meu esquecimento.

Peguei o carregador portátil e logo conectei ao celular, descendo as escadas rapidamente. Papai havia ido trabalhar mais cedo naquele dia, então só o encontraria a noite.

Ding dong!

Antes de sequer tocar a mão na maçaneta, ouvi a campainha tocar, e sem demora abri a porta, encontrando uma Caith aborrecida e quase vermelha de tanta raiva.

— Não acredito que você estava dormindo, Aisha! — exclamou cruzando os braços. — Havíamos combinado de ir às 8!

— Sinto muito! Eu dormi mais do que devia. E com o celular estava descarregado, o alarme não tocou.

Suspirei e fechei a porta logo atrás de mim. Caith respirou fundo e logo me deu um abraço, me puxando em seguida para irmos.

— Tudo bem, vamos logo antes que fique mais tarde ainda. Temos muita coisa para fazer hoje! — ela disse, logo mudando sua expressão brava para uma mais tranquila. — Por onde vamos começar? Vestidos? Jóias? Sapatos?

— Você sabe que esse baile é somente final do ano, né? Não precisamos comprar tudo agora. — ao falar isso, Caith parou de andar e me encarou perplexa.

— Você sabe que precisamos escolher cedo, ou as outras meninas vão pegar os vestidos mais bonitos antes da gente! E isso não pode acontecer!

Suspirei fundo e afirmei, logo a puxei novamente para continuar o caminho. Aquele seria um dia bastante longo.

Assim Como a LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora