01 || vamos nos casar!

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sina's pov

— Hum, Noah, Noah

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— Hum, Noah, Noah... — A voz do outro lado da porta gemia em deleite. Senti vontade de arrancar todos meus cabelos. Eu definitivamente ia matar a Heyoon por me fazer passar por aquilo. — Ah, Noah!

Bati outra vez o punho contra a porta e os gemidos pararam. Arrumei a postura, enchendo os pulmões na tentativa de superar o rubor das bochechas.

A movimentação no quarto parou por alguns segundos e então a porta se abriu. Sabina Hidalgo, a prima super bonita da minha melhor amiga, saiu ajeitando o vestido rosa apertado, passando o polegar contra o canto da boca para limpar o batom borrado.

— Urrea é um sobrenome colombiano? — Ela massageou a garganta, me dando um sorriso doce.

—Não faço ideia.

Balbuciei e Sabina franziu o cenho, pensativa. Não queria pensar no que Sabina tinha feito para Noah, para ele retribuir o favor com tanto empenho que eu podia ouvir os gemidos da prima da minha melhor amiga desde o corredor. Além do mais, que tipo de pergunta era aquela? Sabina podia fazer uma árvore genealógica pelo tamanho do seu "amigo"?

— Deve ser colombiano.

Sorriu, me olhando com uma expressão de "dãh, bobinha". Logo depois, saiu, jogando o cabelo moreno meio despenteado pelo ombro o desfilando pelo corredor da mansão de seus pais. Os saltos Alexander McQueen batiam pelo piso de granito.

—Você não tem mais o que fazer? — A voz de Noah me fez desviar os olhos do desfile de Sabina. Ele apareceu ainda ajeitando o zíper da sua calça preta. Cristo. — Eu estava bastante ocupado... A não ser que...

Seu rosto se transformou para uma expressão sacana quando começou a dizer, encostando-se no batente da porta com a postura relaxada.

Dei um passo pra trás, a expressão enojada. O homem era um perfeito cafajeste e, para ele, talvez fosse biologicamente impossível não ser. Os olhos verdes e o cabelo castanho o transformavam em um deus grego de olhares pervertidos. Deveria haver algum tipo de contrato implícito naquela história toda: alguém que era tão bonito sempre seria incapaz de ser um bom partido.

Mesmo na camisa preta simples e com os cabelos um pouco bagunçados, Noah ainda parecia um modelo. Mas eu nunca, nem em um milhão de anos, nem se ele fosse o último homem do planeta, cairia em sua lábia.

— Heyoon está te chamando. Ela quer fazer um brinde e insistiu que você estivesse lá.

Cruzei os braços. Claro que eu tinha levado dois pelo preço de um. Quem poderia imaginar que eu também encontraria a furtiva Sabina Hidalgo, que ninguém tinha notado o desaparecimento? Todo o azar do mundo ainda era pouco para mim.

— Vai ser muito estranho se eu aparecer com uma ereção, Sina — ele quase cantarolou, risonho, e eu gemi, me afastando. — Volta aqui, é brincadeira!

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