PRÓLOGO

152 12 3
                                    

"Não há rendição
e não há escapatória
Somos os caçadores
ou somos as presas?"
Game of survival | Ruelle

"Não há rendiçãoe não há escapatóriaSomos os caçadoresou somos as presas?" Game of survival | Ruelle

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

CINCO ANOS ANTES
Washington - EUA

O cheiro de ferrugem e cimento molhado era presente ali, embora não fosse o melhor aroma do mundo, também não era insuportável de se presenciar. Aquele cheiro me lembrava o que eu estava fazendo, mesmo que eu precisasse me concentrar unicamente na mira de precisão varrendo o porto de Seattle, ainda sim, conseguia preencher um mísero espaço na minha cabeça.

Me distraía de algo que eu já fazia a dez anos e continuava amando como nada na vida.

— Confirmação de posição, Callahan. — escuto o comunicador chiar em meu ouvido.

— Sudeste da sua posição. — respondo, encontrando meu parceiro à vários metros de distância da minha arma.

— O navío chegou a duas horas, não era para demorar o descarrego. — Owen informa, pude perceber um tom diferente em sua voz, que não era comum, mas também não conseguia distinguir.

— Sei o que está pensando — digo, o conhecendo com a palma da minha mão. — Se soubessem que estamos aqui já teriam chegado alguns traficantes armados.

O FBI estava a meses tentando localizar um transporte de heroína que vinha diretamente da Rússia para Washington. Quando finalmente encontramos, descobrimos que estava sendo traficada em um container que deveria fazer uma importação de carvão para o país.

Traficantes são inteligentes quando se esforçam muito para serem criminosos. Porém, esquecem que a lógica nem sempre funciona. Transportar bala como se fossem minério é algo que eu particularmente faria.

Para pegar bandido, se deve pensar como um.

O lugar de apreensão era barulhento e, claro, não se deve esperar silêncio de um porto marítimo. Os guindastes vermelhos começaram a trabalhar pela primeira vez desde o momento em que chegamos e dos três navios que haviam chegado, apenas um deles vinha da Russia e pela planilha dos trabalhadores que tivemos acesso, seria o primeiro a ser descarregado.

No telhado em que eu estava posicionada tinha mais um atirador comigo, com a função de varrer a entrada do porto, de costas para mim.

— Movimentação policial na entrada. — Jayden comunica.

Passando-se quinze minutos em que o navio era esvaziado, agentes começavam a trabalhar. Entretanto, o movimento que devia ser calmo e premeditado, estava começando a ficar agitado.

PRAEEMÌNENS | Romance lésbicoOnde histórias criam vida. Descubra agora