"Você não pode me salvar,
mas não consegue me deixar ir."
NDA | Billie EilishDIAS ATUAIS
Palermo - ItáliaEstar em uma cidade tão bonita e mesmo assim estar aqui pelos piores motivos que alguém poderia ter, é um desperdício de tempo. Bem que eu gostaria de estar em qualquer outro lugar do mundo, ou aqui mesmo, porém, com um propósito menos homicida.
Viver fugindo do governo Americano e de mais incontáveis organizações criminosas que querem a minha cabeça, não me permite o luxo de relaxar em uma cidade paradisíaca.
As informações no notebook à minha frente já me davam dor de cabeça a dias, estava tirando o meu sono, assim como os inúmeros sonhos que eu tenho todas as noites, que eu gostaria de classificá-los como pesadelos, porque está sendo insuportável conviver com isso. Com o último que tive, despertei assustada, pingando de suor, com os braços ardendo, pois apenas sonhar nunca é o suficiente, meu corpo precisa se defender da minha mente e minhas unhas sempre são escolhidas como armas para me ferir.
Não era com isso que eu me importava, afinal, nunca liguei de sentir a dor que fosse, sempre foi algo natural para mim, mesmo que a dor perdurasse por dias e dias e me fizesse gritar com os cortes. Mesmo assim, não se comparava com a dor mental que aquelas lembranças me causavam.
Sempre tentava ficar longe delas, mas nunca funcionava. Era inevitável voltar no passado quando meu subconsciente implorava para estar nele todas as noites. Porque minha mente é apenas incapaz de esquecer hostilidades passadas.
Meu corpo implorava por um banho, tirei os olhos das letras em minha frente pela primeira vez em horas e encarei a janela aberta, haviam nuvens pesadas no céu, anunciando que a chuva cairia em breve. O vento aromático da maresia atingia meu rosto, fechei os olhos e imaginei, por alguns segundos, como seria se eu estivesse em paz, desejando muito reencontrá-la algum dia.
Até que esse dia chegue, viverei fugindo e talvez a minha paz só venha com a morte.
Levantei da cadeira desconfortável e caminhei a passos lentos e preguiçosos até o banheiro. Mesmo que estivesse me escondendo, aqueles que me procuravam nunca foram bons em busca e apreensão — ou melhor dizendo, busca e execução. Portanto, não me achariam tão rapidamente como pretendiam, estou a cinco anos fugindo e mesmo que já tivessem me encontrado, eu estaria morta. Aquela equipe só funcionava quando eu à assumia, pois por muito tempo eu sentia que era a única ali que realmente agia pelo certo.
E um dia, descobri que era a única ali que não estava tentando matar meus colegas de trabalho as custas de dinheiro.
Passei pela sala pequena e bem organizada, empurrando preguiçosamente o saco de pancada pendurado no centro e adentrei a cozinha antes de ir para o banheiro. Estranhei o clima do ambiente assim que pisei ali, passeei com os olhos e encontrei ligeiramente um vaso gigante com rosas vermelhas muito saudáveis, das quais, com certeza, não me recordava de ter comprado.
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PRAEEMÌNENS | Romance lésbico
Romansa+18 | LGBTQIA+ | Second Chance Um passado mal resolvido pode lhe assombrar pelo resto da vida? E se isso acontecer, você seria capaz de se apaixonar por ele outra vez?