Epilogue

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Narradora


A mansão dos Arantes estava toda enfeitada para o grande casamento do ano. Luzes cintilantes pendiam das árvores, as flores exalavam perfumes exóticos e os convidados, em trajes de gala, conversavam animadamente, misturando sorrisos e taças de champanhe.  Era o cenário perfeito para um encontro casual, mas este encontro em particular estava destinado a ser tudo menos casual. Oliver Fletcher estava lá como um convidado, disfarçado de amigo da família. Na verdade, ele tinha uma missão: observar e coletar informações. Como detetive do FBI, Oliver Fletcher tinha uma suspeita de que algo grande estava prestes a acontecer neste casamento. Ele só não sabia ainda que seu maior mistério estava a poucos passos de distância.

Victoria Blackberry, por outro lado, não era o tipo de pessoa que se misturava em festas de casamento. Ela era a chefe da máfia local, uma figura temida e respeitada, cuja presença em qualquer evento sempre levantava sobrancelhas. No entanto, aqui estava ela, aparentemente despreocupada, mas sempre alerta, seus olhos escuros examinando o salão como um falcão observando sua presa.

Oliver estava encostado em uma coluna, fingindo interesse em um arranjo de flores particularmente impressionante, quando a viu pela primeira vez. Victoria entrou na sala com a graça de uma pantera, sua presença dominando o espaço sem esforço. Vestida em um elegante vestido preto, ela parecia uma rainha das sombras, com um toque de perigo que fazia os corações acelerarem e as conversas diminuírem.

“Claro, porque não poderia ser uma noite tranquila,” Oliver pensou, seus lábios se curvando em um sorriso sarcástico. Ele estava ali para resolver um caso, mas com Victoria na jogada, tinha certeza de que as coisas ficariam bem mais complicadas. Victoria também notou Oliver. Ele se destacava, mesmo tentando se misturar. Algo em sua postura e no olhar perspicaz indicava que ele não era apenas mais um convidado. Ela já ouvira falar dele, um detetive do FBI que parecia ter o hábito irritante de meter o nariz onde não era chamado. Mas havia algo mais nele, algo que ela não conseguia definir de imediato.

“Bem, quem diria que encontraria um detetive do FBI em um casamento,” pensou Victoria, seus lábios pintados de vermelho curvando-se em um sorriso irônico. A noite, de repente, parecia prometer mais entretenimento do que ela esperava.

O momento chegou inevitavelmente. Oliver, percebendo que não conseguiria fazer seu trabalho sem antes lidar com a presença dominante de Victoria, decidiu abordá-la. Ele pegou uma taça de champanhe de um garçom que passava e caminhou em direção a ela.

- Victoria Blackberry, que surpresa te ver aqui. Não sabia que você era fã de casamentos. -ele disse, com um sorriso que não chegava aos olhos. Victoria levantou uma sobrancelha, claramente não impressionada.

- Oliver Fletcher, o famoso detetive do FBI. Surpresa te ver fora de seu escritório. Não sabia que você era fã de festas. Oliver riu, um som baixo e irônico.

- Digamos que estou aqui a trabalho. E você? Veio buscar algo em particular ou apenas admirar a decoração?

- Eu estou onde preciso estar, querido. E você, está sempre a trabalho? Parece uma vida bastante tediosa. -disse ela, com um brilho malicioso nos olhos.

- Bem, alguns de nós têm que ganhar a vida de maneiras menos glamourosas.  - respondeu Oliver, olhando ao redor como se estivesse analisando a cena. - Então, o que trouxe você aqui?

- Curiosidade, talvez. Ou talvez eu só goste de ver as pessoas se contorcendo ao meu redor. Quem sabe? - Victoria sorriu, um sorriso que não revelava nada e tudo ao mesmo tempo.

A música começou a tocar, uma melodia suave e romântica, e os casais começaram a se dirigir à pista de dança. Oliver, decidindo que a melhor maneira de manter um olho em Victoria era se aproximar ainda mais, estendeu a mão para ela.

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