Os Escolhidos.

Capítulo 3.

— Você fez o que?! – A voz de Tayler soou contra o quarto da princesa, que era um pouco menor do que o interior. – Luana, tem noção do que fez?!

— O quê? Ter aberto ele ao meio? – Disse não se importando – Foi pouco ainda.

— Foi pouco – Não conseguiu terminar a frase pois ouviu passos soaram rapidamente pelos corredores do castelo – Quem são?

— Os oficiais. – Zara disse um pouco apreensiva – Passos pesados, largos e apressados, são eles.

— O que vamos fazer agora? – A voz de Dominic saiu um pouco baixa.

— Esperar. – Luana disse firme ficando parada perto da porta do quarto da princesa.

— Quer morrer? – A voz delicada da princesa ecoou perto de seu corpo que por sinal, era maior do que o corpo da princesa.

— Ninguém aqui vai morrer. – Caminhou até a janela do quarto abrindo o vidro cristalizado. Assim que abriu, o vento frio bateu em seu rosto balançando seus cabelos, nevava lá fora mas não era uma nevasca forte. – Não é tão alto assim.

— O que tá querendo dizer? – Foi questionada por Dominic.

— Vamos fugir pela janela. Imagino que ninguém aqui quer ser preso e morto logo em seguida. – Disse olhando os três.

Os três a princípio, ficaram meio chocados com a ideia de fugir, mas era a única saída naquela situação. Se voltacem para suas casas iriam ser procurados pelos oficiais do imperador e seria pior.

— Você tem razão.. – Tayler se aproximou da janela vendo a altura – Como vamos pular? Se pularmos vamos nos machucar dependendo de como vamos cair.

— Vamos pegar alguns lençóis e amarra-los entre si, formando uma corda. Amarramos uma ponta no pé da cama e fugimos pela janela segurando nossa corda improvisada. – Disse gesticulando.

— Idéia inteligente. – Recebeu um sorriso mínimo de Dominic.

Foi possível ouvir gritos do quarto onde estava o cadáver de Álvaro, com certeza os guardas se assustaram com a bela imagem de um homem praticamente aberto ao meio.

— É melhor andarmos logo, eu não quero morrer aqui e nem agora. – A princesa dizia abrindo seu baú onde colocava seus lençóis, a maioria deles eram de ceda e finos – Vamos!

Começaram a amarrar um lençol no outro, formando uma corda grande e firme. Logo após, amarraram a ponta da corda de lençóis em um dos pés da cama, um nó cego e extremamente forte.

— Espero que não solte...

— Não vai, ok? Confie na nossa oficial particular – Dominic sorriu amigável para a princesa.

Luana ao ouvir uma menção sua, olhou para os dois finalizando de amarrar o último lençol, enquanto Tayler vigiava a porta.

— Zara, é melhor tirar esse vestido todo elaborado, provavelmente vamos correr e com certeza com essa quantidade de tecido em você, você vai ficar para trás – As palavras ditas por Luana foram atendidas.

Zara se retirou indo para uma porta que ficava em seu quarto, era um banheiro. Ela colocou um vestido mais levinho, sapatos sem saltos e fechados e por último um pequeno casaco envolvendo seu corpo pequeno e sensível.

Após isso, ela saiu do banheiro indo em direção ao seus novos amigos, que estavam esperando-a.

— Como estou? – Deu uma rodadinha.

— Melhor. – Luana disse voltando a olhar a janela do quarto que por sorte, dava para a floresta logo atrás do castelo.

— Aí, nem um elogio? – Olhou Luana que revidou com um olhar sério – Ok, desculpa.