Capítulo 10

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As semanas se passaram. Logo surgiu o segundo feriado menos favorito de Hunter: o Halloween. Os Dursley nunca o deixavam fazer doces ou travessuras e o trancavam no armário toda vez que crianças vinham pedir doces. A única coisa boa do Halloween era que às vezes Duda roubava para ele sua maior barra de chocolate (e os lobisomens ADORAM chocolate). A outra razão pela qual Hunter odiava o Halloween era porque ele foi dado à sua família trouxa no Halloween, no mesmo dia em que perdeu os pais.

"Você não vem para a festa de Halloween?" Draco perguntou preocupado. Hunter passou a maior parte do dia enrolado na cama. Snape tirou pontos de todas as Casas, exceto da Sonserina, e deu-lhe detenção, mas a Professora McGonagall foi compreensiva e não o puniu.

"Não, não estou com fome", Hunter murmurou. "Como está 'Mione?"

Draco fez uma careta. "Ainda no banheiro chorando. Eu juro, vou azarar o Weasley!"

Ron insultou Hermione já que Hunter não estava lá para impedir a intimidação, e Hermione desapareceu imediatamente para o banheiro.

"Vou falar com ela", disse Hunter calmamente. "E, por favor, não azare Ron. Ele não pensa antes de fazer"

"Isso é porque o cérebro dele é-"

"Dray," Hunter choramingou. Draco corou ligeiramente.

"Tudo bem, tudo bem, mas eu ainda o odeio", Draco disse rebeldemente. "Vou dizer a Longbottom, Blaise e Pansy que você não vem; mas só para você saber, Pansy vai trazer comida para você e não vai deixá-lo sozinho até que você coma", ele avisou.

Hunter sorriu levemente e assentiu. Draco o abraçou brevemente e fugiu.

Depois de um tempo, Hunter suspirou e se levantou. Ele poderia muito bem pegar Hermione, e eles poderiam consolar um ao outro.

Ele saiu da sala comunal da Sonserina e foi até o banheiro do segundo andar. Ele imaginou que todos estariam na festa. Ele ficou surpreso quando ouviu uma batida lenta vindo de perto. Hunter encolheu os ombros e bateu na porta do banheiro.

"Mione, você está bem?"

"Hunter?" Hermione parecia chateada.

"Você realmente não deveria ouvir Ron," Hunter disse suavemente. "Ele não sabe nada sobre você. Você é incrivelmente inteligente, bonita e gentil..."

O som de batidas estava se aproximando, mas Hunter não estava prestando atenção.

"Isso é muito gentil da sua parte, Hunter," Hermione disse suavemente. Ele ouviu o cubículo do banheiro se abrir. "Você quer ir para a festa?"

"Na verdade não", disse Hunter em voz baixa.

Houve um grunhido atrás dele e ele se virou. No segundo seguinte, ele gritou.

Havia uma criatura enorme, coberta de furúnculos e vestindo uma tanga, parada atrás dele. Seus olhos eram redondos e pequenos, assim como sua cabeça. A clava que carregava era maior que o corpo de Hunter.

Hunter correu para o banheiro enquanto a criatura soltava um rugido rouco.

Hermione, que estava atrás dele, estava agora pálida. "O que é aquilo?" ela guinchou.

Hunter lembrou-se do livro de Newt Scamander, que descrevia uma criatura exatamente como esta, e disse asperamente: "Trasgo". Ele puxou sua varinha.

Sua amiga empalideceu. "O que nós vamos fazer?"

"A pele externa é muito forte para feitiços normais -" Hunter lançou um feitiço de fortalecimento na porta do cubículo "- então temos que esperar que ele ruga e lance Estupefaça em sua boca."

Houve um estrondo e a porta estremeceu, mas resistiu.

"Por quanto tempo o feitiço manterá o troll afastado?" Hermione perguntou ansiosamente, puxando sua própria varinha.

"Esperançosamente tempo suficiente para que os professores nos ouçam e venham nos procurar", respondeu Hunter com a mesma ansiedade. "Cinco minutos, eu acho."

A clava do troll bateu na porta novamente e uma pequena rachadura apareceu.

"Três minutos", Hunter guinchou.

Por três minutos, Hunter e Hermione se encolheram no banheiro, esperando o troll arrombar a porta. A rachadura aumentava lentamente a cada golpe.

Pouco antes de o troll quebrar a porta...

"Estupefaça!" três vozes familiares gritaram. Hunter reconheceu a voz da Professora McGonagall, de Quirrell e de Snape.

Um baque alto soou do lado de fora da porta, dizendo a Hunter que o troll estava inconsciente. Ele soltou um soluço de alívio e ele e Hermione caíram no chão.

"Reparo," McGonagall disse rapidamente, e a porta se consertou sozinha.

A porta se abriu e Quirrell entrou correndo, parecendo mais pálido do que de costume. Hunter percebeu que desta vez ele não estava fingindo.

Hunter se lançou nos braços de Quirrell e o homem o apertou mais perto. "E-estou bem", Hunter resmungou.

"Sr. Potter, Srta. Granger!" McGonagall exclamou.

"Não estou surpreso que o Sr. Potter não esteja na sala comunal da Sonserina," Snape zombou. O vampiro de Quirrell rosnou baixinho, puxando Hunter para mais perto. "Ele parece pensar que está isento das regras-"

"Severus, eles não estavam no Salão Principal quando Albus ordenou que os alunos voltassem para suas salas comunais!" McGonagall retrucou, furiosa. Hunter espiou por entre os braços de Quirrell e Snape pareceu quase surpreso. McGonagall nunca ficou tão brava. "E a sala comunal do Sr. Potter fica nas masmorras, onde o troll estaria!"

"Como o troll subiu dois lances de escada?" Hermione perguntou trêmula. Quirrell ficou ligeiramente tenso e Hunter se aconchegou mais perto.

"Subindo, eu presumo," Snape zombou. "Agora voltem para suas salas comunais."

"Vou acompanhar a Srta. Granger," McGonagall disse rapidamente. "Quirinus, leve o Sr. Potter para a ala hospitalar, ele está em estado de choque."

"S-sim, M-Minerva", respondeu Quirrell. Hunter sabia que o homem mal se lembrara de gaguejar. Em vez de deixar Hunter ir, ele o pegou nos braços e saiu do banheiro.

Hunter soltou um grito de surpresa, fazendo Quirrell rir baixinho.

"Vejo você amanhã, Hunter," Hermione chamou.

"Tchau, 'Mione", disse Hunter, aconchegando-se no ombro de Quirrell. O encontro com o troll o deixou exausto.

A próxima coisa que ele percebeu foi que ele estava adormecendo....

Lost Cub - Filhote PerdidoOnde histórias criam vida. Descubra agora