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Uma semana se passou, marcada por dias turbulentos e exaustivos. Deidara trabalhava arduamente, mergulhado em preparações intermináveis, jejuns intermitentes que o deixavam à beira da exaustão, dietas rigorosas seguidas à risca e treinos diários implacáveis. O dia pelo qual o loiro tanto sonhara se aproximava; ele desfilaria pela primeira vez para uma marca grande e influente. O evento seria colossal, e as exigências ainda mais.

Desde sempre, Deidara sofria com tais exigências, suando incessantemente para manter o corpo esculpido. E continuaria a suar. Além dos cuidados extenuantes, ainda tinha que lidar com o trabalho na empresa, especialmente com os novos contratados. Por ter se destacado entre os outros modelos, fora escalado para ensinar ao lado de Konan. Enquanto ela analisava a postura, Deidara era encarregado de ensinar aos modelos como alcançá-la, e seu trabalho era rigorosamente avaliado por Konan.

O resumo de todos aqueles dias era um cansaço profundo.

Lidar com pessoas novas naquele mundo era um desafio constante. Muitos tinham sonhos, mas poucos tinham o que era necessário. Ao ensiná-los, Deidara sentia uma vontade avassaladora de simplesmente correr do estúdio e se trancar em algum lugar para encontrar paz.

Ele estava cansado mentalmente e fisicamente, além de estar fraco devido às dietas extremas.

Às vezes, precisava dar uma pausa, como agora, após horas em pé sob uma luz implacável que castigava sua cabeça, com uma música irritante de fundo e uma sensibilidade insuportável aos feromônios no ar, provenientes de diferentes alfas com aromas enjoativos que faziam seu estômago se revirar.

— Vamos dar uma pausa. — anunciou aos ômegas que pareciam tão exaustos quanto ele. Estavam praticando desde cedo. — Voltamos em trinta minutos. — disse antes de sair do estúdio, inalando profundamente o ar, tentando acalmar seu interior sufocado. Seus pés doíam, assim como todos os ossos de seu corpo. Percebeu que não havia bebido um gole de água desde que acordou. Correu para se corrigir, dirigindo-se à cafeteria da empresa para comprar uma garrafinha de água.

Desde que ele e Obito haviam transado no escritório, fazendo questão de mostrar o que estavam fazendo, a atmosfera se tornara estranha, mas confortavelmente estranha para Deidara. Não falavam mais mal dele tão abertamente, e ele se convencera de que o que não podia ver ou ouvir não era real.

Com a garrafa em mãos, Deidara encostou-a nos lábios e bebeu todo o líquido, encarando com desejo o donut na vitrine da cafeteria. Resmungou baixinho por não poder comprar e comer. A parte mais difícil da dieta era a restrição de qualquer coisa com alto teor de açúcar.

Consultou o relógio de pulso e viu que ainda tinha vinte e cinco minutos livres. Pensou em Obito, em como não estavam tendo muito tempo para conversar, embora morassem na mesma casa. Não iam mais embora juntos e muito menos trabalhavam juntos. Já estava sendo pesado para Deidara, que seria o garoto-propaganda da marca influente. Mal conseguia imaginar como estava sendo para Obito, que administrava a empresa, frequentemente em reuniões com gestores, além de ser seu superior e responsável pela parte burocrática dos contratos. Não conversavam tanto, pois ambos estavam ocupados e lidando com muitas responsabilidades.

Decidiu dar uma passada no escritório de Obito. Pegou o elevador até o andar dele, levemente entusiasmado para encontrá-lo. Os sons dos passos ecoavam pelos corredores até ele encarar a porta do escritório. Não ouviu mais de uma voz, o que indicava que Obito não estava em reunião. Entrou, mas se arrependeu amargamente ao ver o alfa sentado intimamente no sofá com Koji ao lado, ambos encarando o computador no colo de Obito. Koji parecia não ter noção de espaço, quase sentado no colo de Obito.

𝑊𝑖𝑠𝒉 𝑚𝑒 𝑏𝑜𝑠𝑠 {𝑇𝑜𝑏𝑖𝑑𝑒𝑖/𝑂𝑏𝑖𝐷𝑒𝑖}Onde histórias criam vida. Descubra agora