Noivos Por Acaso

Capítulo 5

Samantha -
Acordei com Rayn do meu lado. Tentei me mexer, mas o seu braço estava por cima de mim.
- Bom dia Sam.
- Bom dia Rayn.
- Acordou de bom humor hoje?
- O quê?
-Me chamou pelo meu nome. Você nunca falou o meu nome. Só me tratava como sr. Malik.
- Eu falei sim seu nome. No casamento.
- Não conta. Você tinha que falar, o padre pediu. Faz parte do casamento.
Ele é lindo. E fica mais quando acorda. Mas por que ele está sendo gentil comigo?
- Me responde uma coisa?
- Claro. O que quer saber?
- Por que esta fazendo isso? Por que esta sendo gentil comigo?
- Eu...Eu não sei.
Ele gaguejou. Por que ele gaguejou?
- Vamos comer algo?
- Sim. Eu quero torrada integral, suco de laranja e maçã.
- Nossa. Você só é baixinha, mais come muito.
-Baixinha!?
- Sim. Baixinha.
Pulo em cima dele tentando batê-lo. Mas ele me vira e fica por cima de mim.
Nossas bocas estão próximas. Sinto sua respiração desregulada.
- Sam...Estou me segurando para não te beijar...
Meu coração está a mil. Quando ele falou que estava se segurando para não me beijar, me subiu um fogo enorme. E falo o que meu coração manda.
- Então me beija logo.
Ele fica surpreso, mas logo coloca sua boca na minha. É um misto de emoções que sinto.
Logo o beijo fica mais intenso, e quando percebo, já estou sem minha blusa.
Estava usando uma langerie preta e vermelha.
- Sam, você é perfeita para mim.
-Eu te quero tanto Rayn.

Passamos o resto do dia assim. E foi maravilhoso. Pena que nossa lua de mel só vai durar até depois de amanhã.

Rayn -
Dia de volta da lua de mel.
Ela é maravilhosa. Ela me faz rir, é carinhosa... A mulher que eu quero para minha vida.
-Vamos minha ruivinha.
- Ruivinha? Gostei. Mas que tal uma rapidinha?
Ela tá me provocando, está com o sorriso malicioso nos lábios.
- Não me provoque, menina.
Falo me aproximando e prensando ela contra a parede.
Dou-lhe um beijo rápido, e descemos para irmos embora.

Após algumas horas, chegamos a casa de minha mãe.
- Sejam bem vindos filhos.
-Mãe, o que a senhora aprontou?
- Uma pequena festa de boas vindas.
- Você não existe mãe.
-Sam, como foi a lua de mel?
- Foi maravilhosa senhora Malik.
- Me chame de Amanda, filha.
- Tudo bem, Amanda.
- Vamos entrar, e comemorar a volta de vocês. Filho, sua irmã fez uns aperitivos gostosos, entre e leve a Sam para prová-los.
Minha mãe, sempre a mesma. Quando soube do contrato de casamento, no começo ficou um pouco receosa. Ai depois veio com o papo de que eu e Samantha íamos acabar nos apaixonando.
- Ai que bom que chegaram. Pega, prova esse doce.
- Um oi para você também Daniela.
Daniela é minha irmã caçula. Tem 20 anos, mas é uma ótima cozinheira. É solteira. Para ela, relacionamentos amorosos são um atraso para a faculdade de culinária que está fazendo.
Recebo o doce, e Daniela dá outro à Sam.
- Está muito gostoso Daniela.
- Obrigada Sam.
Acho estranho que Sam começa a tossir.
- Está tudo bem amor?
- Sim. Só me engasguei.
Passo mais um tempo e Sam começa a tossir.
- Desculpas amor.
Ela sai andando para conseguir água. E para pra conversar com minha mãe.
Pego outro doce, e continuo a elogiar minha irmã.
- Nossa, dessa vez você caprichou no doce.
- Que bom. Sabia que o amendoim daria um gosto melhor.
Arregalo os olhos. Olho para o doce e depois para Sam, que continua tossindo.
- Esse doce é de amendoim?
- Sim. Por que?
Samantha.
Chego perto dela, e vejo que ela está passando mal.
-Samantha... Mãe, pede para ligarem o carro para mim.
- Rayn... Não estou... Conseguindo... Respirar.
- Calma amor.
-Daniela, pega o carro. Vamos comigo até um hospital.
- O que ela tem?
- Alergia a amendoim.
Nessa hora, Sam desmaia para o meu desespero.

Minutos depois, estamos em frente ao hospital. Sinto que ela está ficando fria.
Entro desesperado, e um enfermeiro trás uma maca, e pede para coloca-lá em cima.
Vejo que vários outros enfermeiros chegam. Um coloca um balão de ar nela e a levam.
Algumas horas depois, o médico chega.
- Quem é o responsável pela senhorita Malik?
- Sou eu. Ela está bem? Posso vê-la?
- Calma rapaz, ela está bem. Teve sorte em chegar a tempo. Minutos a mais e ela não teria conseguido.
- O que ouve doutor?
- Ela comeu alguma coisa que é alérgica, e isso causou um inchado na garganta. Por isso desmaiou. Ela ficou sem respirar. Mas agora está bem. E você pode vê-la se quiser.
- Sim, eu quero.
- Vamos.
Entro na sala, e vejo a minha ruivinha.
- Meu amor me desculpa. Eu não deveria ter te deixado comer aquele doce.
- Não foi culpa sua.
- Eu não sei como reagiria se te perdesse.
Eu vinha tentando negar, mais eu estou apaixonado por essa mulher. Eu à amo, e não sei como dizer isso.