Capítulo 8

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Samantha -
Três meses depois.
-Amor, acorda.
Chamo Rayn que dorme tranquilo.
- Acorda amor. Acorda.
- O quê? Que foi?Tá sentindo algo? Quer ir à um hospital?
-Não. Estou com fome. Quero comer uma coisa.
-O quê?
Ele pergunta com um sorriso feliz no rosto.
- Eu...Quero muito comer uma pizza de brigadeiro.
Falo com os olhos fechados e com água na boca só de pensar.
Este já é o segundo desejo de grávida que tenho em menos de três dias. No primeiro eu queria frango frito com caramelo. Louco né?
-Existem pizza de brigadeiro?
- Sim. Eu acho.
Ele levanta gargalhando.
- Como você pode ter vontade de comer algo que não sabe se existe?
- Para de rir. Você quer que nossa filha nasça com cara de pizza de brigadeiro? Eu não quero que minha filha nasça com cara de comida.
- Já vou indo. Vou atrás da sua pizza.
Ele sai rindo.
Estou muito ansiosa com a chegada da minha pequena. E estou ansiosa para saber qual o nome que Rayn escolheu para ela. Espero que ele tenha escolhido um nome bonito.
Me perco em pensamentos, e nem percebo que o celular está tocando.
Ligação on :
- Alô?
- Oi meu amor.
- Quem está falando?
- Sou eu meu bem, Jim. Sentiu Saudades minha.
- O que você quer comigo agora?
- Eu quero o que é meu. Quero o que me tomaram.
- Você não tem nada.
- Você que pensa.
- Eu vou chamar o meu marido. - Ah Samantha, eu sei que você está sozinha em casa. Eu sei porque vi seu querido maridinho sair. Não queira me enganar meu amor. Até logo. E meus parabéns, futura mamãe. Ligação off.
- O que ele quer agora? Droga.
Falo chorando e colocando as mãos em forma de proteção no meu ventre.
- Sam, cheguei. Foi difícil mas achei a sua pizza... o que foi? Samantha, está sentindo algo? Meu amor o que houve?
Penso um pouco, se eu falo ou não e me decido.
- Ele amor, ele voltou. Ele sabia que eu estava sozinha. Ele sabe onde moramos. Sabe dela. Ele sabe da nossa filha.
Falo completamente desesperada.
- Calma Samantha, quem é ele?
- O Jim. Ele ligou para mim.
- Aquele filho da puta, desgraçado. Eu vou matar aquele idiota.
Ele sai gritando do quarto.
- Rayn, aonde você vai?
Saio atrás dele.
-Aonde você vai?
- Vamos. Vou te levar para um lugar seguro.
- Aonde vamos?
Estamos na garagem, e ele está entrando no carro.
- Entra.
- Aonde vamos? Me fala logo.
- Entra nesse carro agora, Samantha.
Entro assustada. Ele nunca gritou comigo.
Passamos a viagem toda calados. Até que ele para o carro para fazer uma ligação.
Ele desce do carro e depois de uns 7 minutos ele retorna.
- Aonde estamos indo?
- Estamos indo para a casa do meu pai.
Alguns minutos depois, estamos entrando na garagem da mansão dos meus sogros.
- Minha filha, você está bem?
Vejo meus pais correndo em minha direção.
- Mamãe. Ele... ele...
Caio no choro.
- Calma, calma... Já passou. A mamãe tá aqui. Vai ficar tudo bem.
Vejo o desespero de todos, principalmente de Rayn, que não para quieto. Vejo que Amanda, mãe dele, e Robert, pai dele estão nervosos, assim como meu pai e minha mãe.
- Sabrina, Robson, querem um chá ou outra coisa para tomarem?
Pergunta Amanda.
- Não. Não precisa se encomodar.
Rayn se aproxima de mim.
- Quer comer algo? Tá com sono?
- Não.
Meus pais me deixam só com ele, e vão para a cozinha com meus sogros.
- Sam, desculpa por ter gritado...Eu...eu não sei o que faria se ele encostasse em você ou em nossa filha.
- Rayn, eu estou com medo.
- Olha para mim. Eu não vou permite que ninguém toque em vocês duas. Amo muito vocês. Não sei se conseguiria sobreviver sem você, ou sem a Piêtra.
Fala ele segurando meu rosto de uma forma protetora.
- Piêtra?
Falo soltando um sorriso.
- Eu gostaria de ter guardado até o dia em que ela nascesse, mas não aguentava mais ver o quanto estava ansiosa. Falta ainda quatro meses para a nossa pequena nascer, mas já estou amando ela.
- Eu te amo tanto. Obrigada por me dá essa minha jóia rara.
-Vamos dormir, vocês precisam descansar.
Subimos até um quarto que minha sogra arrumou para nós dois depois que meus pais foram para casa, depois de uma longa insistência do meu pai em ficar.
Já deitados na cama, Rayn vira para mim.
- Pode dormir. Vou ficar cuidando de vocês duas.
Ele fala me abraçando por trás, e acabamos dormindo de conchinha.

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