Capítulo 6

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Samantha -
Três meses depois.
Acordo no meio da noite com uma fome enorme. Levanto com cuidado para não acordar Rayn.
Chego na cozinha, e procuro algo na geladeira.
- Assaltando a geladeira no meio da noite?
- Ai que susto. Você vai acabar me matando.
- O que você está procurando?
- Comida. Ou seria o quê? Você?
- Eu senti uma pitada de sarcasmo ai. Vamos deitar.
- Mais eu estou com fome.
- Sam, você está legal?
- Sim. Por que não estaria?
- Você comeu sorvete, lasanha, e chocolate antes de dormir.
- Para de falar nessas comid...
Porra, que enjôo é esse. Corro ao banheiro com Rayn atrás.
-Amor, você tem certeza que está bem.
-Sim. Eu estou bem.
Mentira. Estou péssima. Estou sentindo enjoos a mais de uma semana, sono exagerado e fome. E sem contar que estou gorda.
- Tem certeza que não quer ir a um hospital?
- Sim. Só estou com fome.
- Sam, você acabou de vomitar.
- Por isso mesmo. Eu acabei de vomitar o que comi no jantar. Isso quer dizer que devo estar com fome.
- Calma, não precisa ser tão ignorante.
Droga. Esqueci de dizer que estou com mudanças de humor repentinas.
- Desculpa amor.
-Tudo bem. Mas só se você for comigo a um hospital.
- Tá certo. Vamos.
Eu não ia aceitar, mais sinto que tem algo errado comigo.
Me visto depressa, e sigo ele até o carro.
Alguns minutos depois, estamos entrando.
Sinto o mesmo enjôo acompanhado de uma tontura.
- Rayn, não estou me sentindo bem...

Rayn -
Estou muito preocupado com Sam. Ela vem andado estranha. Hoje a noite a peguei assaltando a geladeira, depois ela vomitou. E além de tudo, foi ignorante depois de eu tentar ajudá-la.
Depois de muita insistência minha, ela resolveu ir a um hospital.
Quando estávamos entrando, percebi que ela não estava bem. Ela estava muito pálida.
- Rayn, não estou me sentindo bem...
Quando me viro, ela está desfalecendo na minha frente. Corro para segurá-la.
-Samantha, acorda amor. Enfermeira, me ajuda aqui.
Grito quando avisto uma enfermeira.
Ela chama outros enfermeiros para ajudar. Eles colocam ela em uma maca e a levam as pressas para dentro.

Estou muito preocupado, já está a quase 1 hora que a levaram.
- Você é parente da senhora Malik?
- Sim. Sou marido.
- Eu sou o doutor Santos. Atendi sua esposa.
- Ela está bem?
- Sim. Já está acordada.
- Posso vê - la?
- Sim. Acompanhe-me.
Sigo ele pelos corredores do hospital.
- Fizemos alguns exames em sua esposa.
- O senhor tem idéia do que pode ser?
- Tenho minhas suspeitas, mas irei esperar os resultados. Devem sair daqui alguns minutos.
Ele me deixa em frente ao quarto onde ela está e sai andando para ver se os resultados saíram.
Estou nervoso com o que pode ser.
- Rayn, amor? Onde estou?
- Esta no hospital. Vínhemos aqui para você se consultar. Mas você passou mal.
-O que eu tenho?
- Não sei minha ruivinha.
O médico entra.
- Doutor, os resultados saíram?
- Doutor, eu não estou bem não é? Eu vou morrer?
- Acalme-se Samantha, vocês estão bem.
Olho para Sam, e vejo que ela está confusa, do mesmo modo que eu.
-Como assim doutor?
- Parabéns Samantha, você está grávida.
Pera aí, eu vou ser pai?
Olho para Samantha, e vejo que ela chora.
- Amor, o que foi?
-Eu vou ser mamãe. Nós seremos papais. Eu me sinto a mulher mais feliz do mundo.
-Samantha, eu te amo. Obrigado por me dar um filho.
Abraço-a chorando junto com ela.
-Samantha, fique com o cartão de uma amiga minha que é obstetra. Ela vai lhe ajudar muito. E você já pode ir para casa.
Ele sai nos deixando a sós.
- Amor, eu te amo.
-Samantha, eu te amo muito. Obrigado por esse filho. Obrigado por ser minha. Obrigado por existir.
- Vamos para casa? Não vejo a hora de contar para nossos pais.
- Vamos.
Chegamos em casa, e resolvemos dormir o resto da noite.

Acordo de manhã, com o toque da campainha.
- Samantha, está esperando alguém?
- Não. Por quê?
-Tem alguém na porta.
Levantamos, e quando abro aa porta um homem entra.
-Felipe, ai que bom te ver aqui. Entre. Bem vocês ainda não se conhecem pois o Felipe não veio ao meu casamento. Mas, Felipe essa é meu marido, Rayn. E amor, esse é Felipe, meu irmão.
Por um momento pensei bobagem. Mas quando ela disse irmão, fiquei aliviado.
- Prazer.
Ele me olhou com cara de poucos amigos. Irmão ciumento. Só pode ser.
- Felipe, tenho algo para te contar.
- O que é, minha cabelo de fogo?
- Bem, eu estou grávida. Parabéns futuro titio.
Ele ficou estranho. Ele me olhou, depois olhou para Samantha e por último falou, me atingindo com um soco.
- EU VOU MATAR ESTE DESGRAÇADO. VOCÊ ENGRAVIDOU A MINHA IRMÃ.
- Felipe. Para.
Ele sai de cima de mim, depois de me dar mais dois socos.
- O QUE VOCÊ QUER DÁ MINHA IRMÃ?
- Eu amo sua irmã.
Ele fica mais calma e chega perto de mim e fala.
- Se você magoar minha irmã, juro que te mando para o inferno.
- Não pretendo magoar sua irmã. Ela e esse filho são tudo para mim. Nunca faria nada para magoá-la.
- Então tá. Parabéns. E Desculpas pelos socos. Eu amo muito minha cabelo de fogo.
Ele está alegre. E me abraça.
- Sei como é. Tenho uma irmã mais nova também.
Nesse momento, Daniela toca a campainha, e Sam vai atender.
- Oi cunhadinha. Oi maninho.
Diz ela entrando.
- Felipe, quero que conheça minha irmã, Daniela.
- Prazer, Daniela.
Pude ver que minha irmã corou com a saudação feita a ela.
-Amor, esta na hora de irmos.
-Maninho, o que houve com o seu rosto?
- É...Bem, eu...Bati no seu irmão.
Ela cai na gargalhada.
- O que você fez?
- Ele engravidou minha irmã.
Ela começa a rir, só que para. Acho que ela não tinha entendido.
- Pera, eu vou ser tia?
- Sim maninha.
- AI MEU DEUS. Eu vou ser titia. Eu vou mimar meu sobrinho. Se ele for menino vamos curtir muito, vou levá - lo para festas. E se for menina eu vou levá - la para curtir com a titia. E vou ajudar a ela com os namoradinhos...
-Pera aí, se for uma menina, ela só vai namorar quando fizer 30 anos.
-Concordo cunhado.
- Ei, não exagera amor.

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