Como o vigilante favorito de Gangnam City, os deveres de Jeongguk como Homem-Aranha incluem capturar assaltantes e pequenos ladrões - talvez até ajudar os Vingadores, se tiver sorte.
Apaixonar-se não faz realmente parte do plano.
[HISTÓRIA ORIGINALM...
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Quase dois anos, e os pesadelos ainda não o deixaram. Ele já deveria estar acostumado a eles.
Fogo. Gritos. Depois nada.
Sua camiseta grudava em seu corpo, encharcada de suor. Jogando fora seu lençol, Taehyung puxou os joelhos até o peito. Seu coração batia descontroladamente contra sua caixa torácica.
"Tae?"
Uma lasca de luz caiu sobre sua cama, um retângulo que gradualmente se tornou mais largo conforme a porta era aberta. As bolsas sob os olhos de Jimin eram visíveis mesmo na iluminação fraca, mais guaxinim do que humano. Taehyung se enrolou ainda mais em si mesmo, enterrando a cabeça em seus braços.
As molas da cama rangeram e o colchão afundou. Um par de braços se enrolou em volta dos ombros dele, e ele foi puxado de volta para um corpo pequeno. "Você está bem, amigo. Você está aqui. Respire, sim? Respire fundo, devagar. Feche os olhos. Estou aqui."
Taehyung virou a cabeça, enterrando o rosto no pescoço de Jimin. Ele cheirava a fumaça de cigarro e, por baixo, a sabão de soda cáustica. Taehyung estava dolorido. "Preciso de um cigarro."
O aperto de Jimin aumentou. "Essa merda não é boa para você."
"Não consigo dormir." Taehyung pressionou os lábios contra a garganta de Jimin e sentiu seu pomo de Adão balançar. "Jimin, baby, por favor. Uma vez."
"Nunca é 'uma vez' com você," Jimin disse, mas ele afrouxou o aperto de qualquer maneira, enfiando a mão no bolso. O maço de cigarros atingiu Taehyung no rosto. "Vou me matar algum dia."
"Talvez esse seja o objetivo." O isqueiro piscou e Taehyung mal conseguiu acender seu cigarro quando ele apagou. "Ah, porra." Ele soprou a fumaça na cara de Jimin, só para ser um babaca.
Jimin tossiu, virando a cabeça. "Vai me matar também, filho da puta."
Taehyung deu outra tragada. "Fique longe de mim, então. Só vou te arrastar para o inferno comigo." Ele sorriu preguiçosamente. "Provavelmente já vi pior, aposto. O inferno não pode ser muito pior do que isso."
"Você é um pedaço de merda, sabia?" Jimin bateu no ombro dele. "Amo você, cara. Não se mate."
"Não torne isso gay, Min."
"Você enfiou seu pau em mim, não pense que isso pode ficar mais gay."
Taehyung deu outra tragada profunda e apagou o cigarro, arrependendo-se no momento em que se lembrou de ter quebrado o isqueiro. Ele poderia roubar o do Jimin, de qualquer forma - apesar de toda a sua pregação, o bastardo tinha ganja suficiente para fumar o prédio inteiro escondido em seu quarto. "Quer que eu coloque de volta em você?"
Jimin revirou os olhos. "Então, continue com isso."
O outro lado da cama estava frio quando Taehyung acordou novamente. Ele ficou enrolado em seus lençóis até não aguentar mais o gosto do próprio hálito, e se arrastou até o banheiro.
