Obsessão Infernal: O Amor Proibido da Escritora

"É na escuridão que muitas vezes encontramos a verdadeira luz"

Ao chegar em casa, senti como se estivesse sendo observada. Uma sensação arrepiante percorreu minha espinha, fazendo-me questionar se estava sozinha naquele lugar. Olhei ao redor, mas não havia ninguém à vista.

Ainda carregando o diário de Isabella, entrei em meu escritório e acendi as luzes. Aconcheguei-me em minha cadeira, pronta para transcrever os segredos daquela história proibida e sedutora. No entanto, não consegui me livrar da sensação de que algo estava errado.

Os sons da noite ecoavam do lado de fora da janela, aumentando minha inquietação. A cada ruído, meu coração acelerava. Passei a mão pelo diário, buscando saber a história nele.

Enquanto mergulhava na escrita, percebi movimentos sutis no canto do meu olho. Virei-me rapidamente, mas não havia nada lá além das sombras dançantes. A sensação de ser observada persistia, enfraquecendo minha concentração.

Decidi acender velas, criando um ambiente acolhedor e confortante. As chamas dançavam suavemente, iluminando o cômodo com uma luz quente e tranquila que brilhava em contraste a minha pele branca. Ainda assim, a sensação de presença continuava.

Decidi dar uma pausa na escrita e tomar um copo d'água na cozinha. Enquanto pegava o copo, notei um leve movimento no reflexo do espelho. Virei-me rapidamente, mas novamente não havia nada lá, somente a imagem de mim mesma, percebendo o quão assustada pareço estar.

A inquietação se transformou em medo, enquanto eu lutava para encontrar uma explicação lógica para aquelas sensações. Será que minha mente estava brincando comigo? Ou seria possível que o espírito de Isabella estivesse me acompanhando, desejando que sua história fosse contada?

Decidi enfrentar meus medos, deu uma ultima olhada no espelho enrolando meus cabelos cor avermelhado como o sangue em um coque despojado e retornei ao meu escritório. Peguei o diário e comecei a ler em voz alta, compartilhando suas palavras com a esperança de que qualquer presença invisível pudesse ouvir e encontrar paz

-Diário de Isabela
"Encontrei um homem misterioso hoje na floresta. Seus olhos eram profundos e intensos, negros como a noite, como se carregassem segredos insondáveis. Os cabelos escuros envolvidos em ondas se encontrando com o maxilar perfeitamente desenhado. Vestido em uma camiseta e calças pretas, era possível ver seus braços e pescoço com varias tatuagens espalhadas. Ele me observava com uma curiosidade silenciosa, seu sorriso sutil revelando um misto de encanto mistério e malicia.

Nossos caminhos se cruzaram por acaso, mas senti uma conexão instantânea, como se nossas almas já se conhecessem em um tempo distante.

Mas, apesar de toda a sua aura misteriosa, havia uma tristeza em seu olhar. Parecia que ele carregava um fardo , algo de um passado obscuro e solitário, como se estivesse preso entre dois mundos. Eu senti uma urgência em desvendar os segredos que o envolviam, em compreender a verdade por trás daquele homem enigmático.

Depois dessa noite, nossos encontros se tornaram mais frequentes, sempre à sombra das árvores altas da floresta. Ele me inspirava a explorar meus medos de maneiras que eu nunca havia imaginado antes. Suas palavras se misturavam com as minhas, criando uma sinfonia de emoções e sensações.

No entanto, a cada encontro, uma sensação de perigo pairava no ar. Ele me avisava sobre as forças sombrias que habitavam a floresta, sobre os perigos que espreitavam nas sombras. Ainda assim, eu me sentia atraída por ele, disposta a enfrentar qualquer desafio para desvendar os mistérios que o cercavam.

Mas agora, enquanto escrevo estas palavras no meu diário, questiono-me se posso confiar plenamente neste homem misterioso. Há algo em sua natureza que me deixa em alerta, um pressentimento de que nem tudo é o que parece.

Apesar disso, não consigo resistir à sua presença magnética mesmo sabendo que estou mergulhando em um mundo de incertezas e perigos. Afinal, é na escuridão que muitas vezes encontramos a verdadeira luz."
...

Conforme as palavras fluíam de minha boca, senti uma calma se instalar no ambiente. A sensação de ser observada diminuiu gradualmente, substituída por uma tranquilidade reconfortante.

Pude finalmente continuar a escrever, deixando-me envolver pela história.
E assim, enquanto fechava o diário e guardava-o em um local seguro, agradeci à floresta e aos segredos que ela havia revelado. Eu estava pronta para compartilhar a história de Isabella com o mundo levando os leitores a um mundo de paixão, mistério e amor proibido.