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Ninguém queria brincar comigo quando criança
Por isso, eu tenho esquematizado como uma criminosa desde então
Para fazer eles me amarem e fazer parecer natural

mistermind

NO DIA SEGUINTE À CORRIDA, o clube noturno ainda estava uma bagunça. Como alguns funcionários entraram de férias, cabia para Cassandra e alguns outros a árdua tarefa de aparecer em plena segunda-feira. Ela detestou aquilo, mas estava de home office no seu trabalho principal, e receberia uma grana extra. Chegou lá por volta das dez horas da manhã.

Se deu ao luxo de pegar um Uber porque sinceramente ela estava afim de enfrentar filas imensas na estação. E as gorjetas que recebera na noite anterior compensaram.

Ela entrou pela porta dos funcionários, que era localizada ao fundo do estabelecimento. 

Andou até chegar na área principal da boate, e os melhores amigos da garota, Eduardo e Anna, estavam lá na frente, com um aspecto de quem não tinha pouca quantidade de álcool no sangue. Ela riu, e cantarolou baixinho I Hate It Here.

— Bom dia. — Cassandra disse.

— Só se for pra você, né, porque eu estou com uma ressaca de dois meses. — Anna protestou, tomando um remédio.

— Maria Cassandra vai ser uma wag brevemente. — Dudu piscou para ela — Tem um carinha da Fórmula 1 que gostou muito da morena aí. 

Cassandra negou, achando que aquilo poderia ser a coisa mais ridícula que já ouviu dele.

Anna piscou, olhando para a jovem de cabelos castanhos ao seu lado como se fosse uma alienígena. Depois soltou um grito abafado.

— Não acredito! Quem é? Não me diga que é aquele gostoso da Ferrari.

Cassandra bufou e olhou para Eduardo, que apenas sorriu e começou a lavar os copos de tequila.

— Anna, ninguém gostou de mim ontem à noite. Esse pateta só quer assistir alguma fofoca. E não foi nenhum cara da Ferrari.

— Então quem foi? — a loira indagou, curiosa. 

Quando Cassandra abriu a boca para responder, a porta da frente foi aberta por alguém. E a jovem não deixou de se impressionar quando notou a figura que estava ali.

Oscar Piastri estava parecendo um brasileiro nato. Nos pés, um par de Havaianas, e a bermuda era de uma lavagem escura. A blusa branca era de algodão, mas marcava bem os músculos dos braços. O cabelo castanho era uma bagunça feliz.

Quando notou o pequeno grupo, foi até lá, e se aproximou especificamente de uma pessoa. A única que lembrava o rosto na noite passada.

— Oi. Bom dia. — ele disse para os três, em inglês. — Vim aqui porque eu acho que deixei uma coisa minha para trás.

Cassandra o olhou de soslaio, e um sorriso ameaçava chegar aos seus lábios grossos. 

— E o que seria essa coisa, senhor Piastri? — ela respondeu, no idioma do rapaz — Não me diga que é a sua carteira.

Ele riu, um som anasalado. 

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⏰ Última atualização: Jul 18 ⏰

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DEAR VICIOUS.「 oscar piastri 」  Onde histórias criam vida. Descubra agora