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Jonas

Eu estava suando como um filho da puta, mas o
trabalho tinha que ser feito. Essas toras não se cortariam sozinhas, e se queríamos passar o
inverno quentes e secos,eu precisava de mais
lenha cortada. Eu trouxe o machado para cima, sobre minha cabeça por um segundo antes de derrubá-lo no tronco, partindo-o em dois pedaços.

Podia ouvir meus irmãos Marcus e Kash, o som da
motosserra ao longe me dizendo que Kash estava
trabalhando pra caramba também, e o barulho de metal contra metal enquanto Marcus trabalhava no gerador, se certificando de que ele não pararia mesmo quando estava cinco graus abaixo de zero.

Olhei para Marcus, a quem eu enxergava de minha posição.Com um metro e oitenta e três, ele era o "mais baixo" de todos nós, mas o que lhe faltava nesses poucos centímetros de altura, compensava em massa muscular.

Ele estava curvado sobre o gerador, mas eu podia
ver pelo jeito que sua boca se movia que estava xingando. Além disso, estava tenso e o cheiro de
sua frustração bateu em mim.

Ele se levantou e passou a mão pelo cabelo escuro
curto, xingando mais, suas palavras claras o suficiente para que eu não tivesse que adivinhar
o que ele disse.

Eu me virei e agarrei os troncos, movendo-os para o
galpão de madeira. Tinha minha própria agitação para me preocupar.Todo ano fazíamos isso, nos preparando para o inverno,estocando comida, itens que precisávamos. Mas a cada maldito minuto de cada maldito dia eu ficava pensando em
uma coisa... Uma pessoa.Minha companheira.

Eu era um shifter urso de trinta e sete anos, virgem
porque eu só queria estar com minha companheira. No entanto, eu não a conheci ainda, não reivindiquei a única pessoa nascida para ser minha.

Eu estava frustrado, duro e tinha o pior caso de
bolas azuis imagináveis. Mas eu sabia que quando finalmente a encontrasse, e com certeza iria,valeria
a pena.Nenhuma mulher jamais se compararia a ela. Inferno,nenhuma mulher era sequer atraente ou me interessava.

E meus irmãos eram do mesmo jeito, ambos se guardando para uma mulher que seria só deles.
Olhei para a cabana que construímos com nossas
próprias mãos, três residências separadas conectadas para que ainda pudéssemos ser uma família, mas ter nosso próprio espaço quando encontrássemos nossas fêmeas.

Porra, apenas o pensamento de finalmente ter minha companheira comigo, em minha casa, debaixo dos meus lençóis com meu pau profundamente em sua boceta, me deixou duro como pedra. O filho da puta era como um tubo
de aço entre minhas coxas, exigindo ser livre e fazer
exatamente isso.

Mas eu continuaria esperando por ela, porque era a
única que eu sempre quis, mesmo que eu ainda não a tivesse conhecido.

Ursos douradosOnde histórias criam vida. Descubra agora