Através da Parede

A melodia que une - I

(A melodia que une)

A luz suave da lua entra pela janela, iluminando parcialmente o rosto de Adrien enquanto ele toca o piano.

Seus dedos deslizam pelas teclas com maestria, criando uma melodia melancólica que ecoa pelo apartamento. Em seus olhos, há um misto de solidão e saudade.

Marinette estava deitada na cama, lendo um livro, para sua leitura, intrigada pela suave melodia que parecia vir da parede ao lado.

Marinette se senta na cama, curiosa sobre a música que está ouvindo. A melodia é linda, mas também um pouco triste, como se expressasse a solidão de quem a toca. Ela se levanta e se aproxima da parede, buscando a fonte do som.

Adrien termina de tocar a música e se levanta do piano, suspirando profundamente. Do outro lado da parede, Marinette encosta o ouvido na superfície, tentando identificar quem está tocando. De repente, ela ouve um leve som de tosse e se assusta.

- Quem é? - Pergunta um tanto tímida.

- Quem está aí? - Pergunta surpreso.

- Sou sua vizinha de apartamento. Me chamo Marinette.

- Ah prazer, me chamo Adrien.

- Prazer, lindo nome.

- Obrigado. - cora levemente.

Adrien e Marinette conversam um pouco mais.

A voz dele tinha superioridade, mas ao mesmo tempo um tanto solitária, suave e barítono - Pensa consigo mesma.

Adrien pensa como seria sua aparência. Seria baixa? Morena? Parecia ser legal. Aquela garota estava em sua mente naquele momento, mesmo não sabendo sua feição.

Marinette tentava se distrair novamente após conversar com o vizinho, mas tudo que ela pensava era ele. Por que ele penetrou em sua mente?

A curiosidade era grande, ambos queriam saber quem estava por trás da parede.

Estava tarde, porém a azulada não conseguia parar de pensar, como era e, quem era, queria descobrir sua aparência, mas tinha medo que o vizinho estivesse com as expectativas altas e, se decepcionasse ao vê-la, porém a curiosidade fala mais alto.

Ficou horas pensando, mas logo adormece.

. . .

Marinette vai até a casa do irmão, para ajuda-lo na padaria.

- Cheguei. - fala com um leve sorriso em seu rosto.

- Que bom - ele pega um avental e entrega para a irmã - , temos muito trabalho hoje!

O sorriso do rosto da Marinette desaparece após essa fala, e o irmão vai até a cozinha, e ela logo recupera o sorriso suave, quando entra um cliente.

Ele era loiro dos olhos verdes, alto e posturado, estava com calça em corte reto, camisa manga longa, colete, gravata, todos em tons azul marinho e um sapato social.

Elegante - pensa a azulada.

- Olá senhor, o que deseja?

Essa voz, me é familiar - pensa o tal elegante, consigo mesmo. Mas logo ignora o fato de reconhecer a voz suave da moça.