Constante (sobre)vivência sem você

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Lembrando que tudo isso se passa em 2022, ano que ocorreu a copa do mundo (já faz um ano e meio que eu to escrevendo isso, bizarro kkkk). Enfim, eu voltei!!! e diferente dos outros escritores, eu voltei justo na minha semana de provas. Eu estou me mudando, então em breve esse computador vai estar dentro de uma caixa em direção à  minha nova casa. Mas aproveitem a leitura, vou sumir por um tempo depois disso, como esperado kkkkkkk.


Brasil tinha um plano para provar sua inocência ao argentino, mas demandaria mais energia que o moreno tinha no momento. Ele decidiu adiar a ideia para a próxima tarde, e levou o próprio carro até a garagem do seu prédio, do outro lado da rua.  Não tenho nada para fazer hoje mesmo... O brasileiro guardou suas compras e entrou de roupa e tudo na própria Jacuzzi, e tentou relaxar. Honestamente, ele odiava ficar sozinho. Perdido nos próprios pensamentos, sua mente sempre o guiava de volta para o argentino e as últimas duas semanas. Por mais que ele tentasse fugir do assunto, tudo sobre aquele homem era viciante, como uma musica chiclete. Sua maior vontade era apagar aquela musica ouvindo outras, decorando novas letras e melodias, mas ele sabia que ninguém seria como ele, e seria ridículo de sua parte tentar procurar alguém assim. Mas, sendo honesto, ele ainda queria aquela adrenalina. E se ele bebesse pra caralho, ele nem ia lembrar, né? Ele pegou o celular e procurou o contato do França.

 —França? Boa noite, está ocupado?

Salut, Brasil! Não, na verdade, quase chegando aí. Precisa de alguma coisa? Eu soube do que aconteceu, sinto muito... eu sei que você não faria alguma coisa assim.

— Ah... fico feliz que você acredite em mim. Mas eu não estou afim de falar sobre isso agora, sabe? Mudando de assunto, você lembra da aposta? 

— Claro que lembro. Mas já me conformei que você não vai cumprir.

— Não. Eu quero. Me fala o que eu tenho que fazer.

—  Quoi? Brasil, você acabou de terminar um relacionamento, eu não sou o cara mais sensato do mundo, mas se tem uma coisa que você não devia fazer agora é tentar suprir essa falta com outra pessoa.

— Tu acha que eu não sei? Mas eu não tenho muita alternativa, tenho? 

— Brasil, eu não vou te impedir de fazer suas próprias escolhas, mas pelo menos me espera antes de sair e fazer burrice, ok? O Argentina ia ficar muito chateado se soubesse disso.

—  Como se ele se importasse... Ele não vai querer me ver nem pintado de ouro, então foda-se o que ele acha da vida sexual. 

— Olha Brasil, do pouco que eu falei com ele nesse período que ele esteve aqui, deu pra perceber que ele gosta mesmo de você. Só não faz merda ate eu chegar ai, eu tenho que desligar, o uber 'tá me olhando estranho. Não deixa sua mente de 17 aninhos acabar com seus quinhentos e sei lá quantos anos de experiência, meu querido. Já chego aí. 

O francês desligou, deixando o moreno ainda mais frustrado. Antes que ele pudesse sequer pensar no que escreveria na sua plaquinha de papelão pra vender o cu na esquina, a campainha tocou. Ele se levantou e atendeu a porta, molhando a casa toda no processo. Uruguai esperava do outro lado, com cara de quem tinha acabado de sair de um turno de oito horas do trabalho, o que parecia ser verdade levando em conta a roupa social que ele vestia. Honestamente, o fato de que o Brasil atendeu a porta todo molhado não pareceu surpreendê-lo tanto quanto o esperado.

— Eita, errei o timing, mal aí. Eu ia te avisar da reunião emergencial do Mercosul mas acho que vou ficar um pouco mais. Parece que 'cê precisa de companhia...

— Ah, tá. Fica a vontade, a casa parece meio- espera, você disse Mercosul, tipo... o bloco econômico? Que por acaso tem eu, você, o Paraguai e o Argentina?

Quem Sabe... (BraArg)Onde histórias criam vida. Descubra agora