Meu e Eu (Cap.3)

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A ida até o hospital foi um silêncio, ele tava com dor, então eu não pertubei, nem perguntei como ele tinha feito merda no ombro, por mais que a curiosidade estivesse me matando.

Quando chegamos lá foi toda aquela burocracia chata de hospital e obviamente eu não podia acompanhar ele, ele é adulto, mas não vou mentir, fiquei muito preocupado vendo aqueles olhinhos cheios de lágrimas.

Eu estou sentado esperando ele voltar, eu olho pra porta por onde ele sairia e logo ele saiu, me surpreendi com a coincidência, ele estava usando uma tipóia. Eu me levanto e vou até ele

- O que foi resolvido, meu amor?

- Nada de importante, vou ter que ficar com essa merda no braço por um tempo e ficar tomando remédio pra dor

A gente saiu do hospital, eu abri a porta do carona pra ele entrar depois eu entrei no carro

- Como você arrumou esse problema pra sua vida? - Eu fechei a porta do lado que ele está carro quando ele já tinha se acomodado

- Eu caí com tudo enquanto tava limpando a casa, o chão tava escorregadio, aí eu caí!

- Porque você tava limpando a casa antes das sete da manhã, Obanai?! - eu passei a mão na cara com força e ri - Cara, que desastre

- Ah Giyu, deixe de ser difícil comigo, foi um acidente, mas pensa pelo menos não é a mão direita! - Ele falava enquanto tirava a máscara preta que ele sempre usa quando saí de casa e guardou no bolso do casaco

Eu olhei aquele rostinho, que vontade de beijar

- Vamo tomar café da manhã em um lugar, pra alegrar seu dia - eu dei partida com o carro, ele me olhou com dúvida

- Isso é um convite?

- Não, tô só te contando o que a gente vai fazer - ele me olhou com deboche - Tem muito trabalho hoje?

- Hoje não, mas amanhã tenho, já tem três pessoas marcadas pra amanhã. Por sinal, você nunca vai fazer uma tatuagem comigo não?

Ele sempre pergunta quando eu vou fazer uma tatuagem com ele, eu não gosto de tatuagem, mas as vezes eu penso sobre

- Eu vou pensar, mas você tá quase me convencendo, a ideia é ruim mais não tanto...

A gente chegou na padaria que ele gosta de tomar café, eu pedi o que ele gosta e também o que eu gosto e me sentei na frente dele

- Pronto, disse que se eu fosse fazer ia ser mais rápido... Amor, tira essa máscara!

- Porque você implica tanto?

- Eu implico? - eu estiquei um dos braços e apertei a bochecha dele - Agora eu tô implicando de verdade?

Como reação dele eu ganhei um tapinha na mão e uma cara feia, assim soltando sua bochecha

- Cara feia pra mim é fome - eu impliquei ainda mais, se ele pudesse ele taria dando com essa havaianas na minha cara, por sorte minha a gente tá na rua e ele não pode

- Você gosta de fuder minha sanidade, né? Se eu continuar mais um ano com você eu não passo mais no psicotécnico!

- Bem... - Eu olho pro lado e vejo uma das funcionárias como se estivesse me chamando - Eu vou buscar nosso café da manhã, eu já te respondo

Eu peguei nossas comidas e me sentei

- Bem, te respondendo, quem mandou você se apaixonar?- eu zombei

- Você não presta! - ele riu

Não posso mentir que ele é uma graça, ele finalmente tira a máscara, mas é claro que ele vai por logo depois que terminar de comer, já me acostumei com esse fato, ele só fica sem essa máscara em casa

Enquanto ficamos lá, comendo e conversando eu fiquei de olho no celular, já que eu tinha mandando uma mensagem de desculpa pra Sanemi, ele obviamente me entendeu, já que pra ele """"minha irmã"""" que teve um probleminha e ele sabe que minha irmã mora em outra cidade

Algum tempo passou, eu levei ele em casa e até fiz as tarefas domésticas que ele tinha que fazer, só não alimentei o Kaburamaru, tá doido, morro de medo daquele bichinho!

- Obrigado, Giyu, não sei o que seria de mim hoje sem você...- Falou Obanai, indo até Tomioka

- Não precisa agradecer, você sabe que eu não negaria um favor - eu dou um beijo na testa dele - Te amo, sabia?

- Eu sei, também amo você

- Tá com muita dor ainda?

- Melhorou um pouco

- Tá bom, qualquer coisa me liga que eu dou um jeito de vir, preciso ir pra resolver coisas do trabalho, tchau lindão!

- Tchau, Giyu - suas bochechas ficaram rosas

Quando eu saí da casinha do Obanai, fui direto pro carro e mandei uma mensagem pra Sanemi, falando que minha irmã tava bem, que eu tinha ficado sem sinal pra avisar que eu já tava na cidade, só depois disso dei partida com o carro pra ir pra casa.

Quando cheguei na minha casa estava em completo silêncio

- Meu bem? Tá aí? - suspeitei que ele tivesse desistido, já eram quase 18:00, não ficaria bravo se ele tivesse ido embora

Fui entrando na casa e fui até meu quarto, ele está lá, jogando no celular de fone de ouvido no completo escuro, eu apenas acendi a luz

Ele quase pulou da cama, e olhou direto pra porta que lá estou, colocando a mão no coração

- O seu sem educação, não é porque a casa e sua que tu pode chegar dando esses vacilos!?- sua voz alta, sua respiração ofegante e seu coração qie batia tão forte que eu podia escutar deixou bem claro o susto que ele tomou

- Desculpa! Não pensei que você fosse se assustar tanto - eu me sentei do lado dele - Desculpa por ter te deixado hoje, eu tinha prometido passar o dia com você - faço cara de dó

Ele deu um sorrisinho e tirou o fone de ouvido

- Tomioka, para de fazer essa cara, o que você quer? Carinho?- Eu fui entrando em seus braços, e o olhei com uma cara carente - Filho da puta, enganador do caralho!
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Vão por mim, se eu tivesse a habilidade de ser caozeiro igual o Tomioka eu teria muito mais de 3 namorados kkkkkkk

Espero que vocês estejam gostando da Fanfic

1023 palavras

Amando Em TriploOnde histórias criam vida. Descubra agora