Azul celeste (Cap.5)

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Hoje é terça-feira. Ontem foi um dia difícil. Ganhei uma bronca no trabalho porque cheguei atrasado.

Ontem foi ontem e agora acabei meu expediente. Enquanto desço as escadas do prédio, passando a mão testa limpando a umedecida que o suor deixou, pensando em tudo que tenho que fazer.

Eu peguei o celular enquanto andava até o meu carro, Sabito me enchendo de mensagens como sempre, ele tá com saudades e eu também, não gosto de sentir que estou fazendo distinção de tempo entre os meu três amores

Quando eu entrei no carro eu coloquei o celular no suporte e liguei pra Sabito de vídeo. Eu fiquei bastante encostado no banco esperando ele atender, até deitando o banco

- Oi meu amor, como você tá? - eu voltei com o banco do carro na posição normal para poder ver ele - Te assustei?

- Ah, não, eu tô bem cansado do trabalho, mas tudo bem, só tô sentindo sua falta...

- Você sempre reclama do seu trabalho, mas também hoje tá surpreendente quente, eu não imaginaria que estaria calor hoje

- Nem me fale, tu também fica em sala fechada, sabe como funciona... - eu falei passando a mão na cara - passei as mãos no rosto - A piscina da tua casa não tá limpa não?

- Interesseiro! - ele começou a rir, escondendo o rosto - Se força mais caga, Tomioka!

- Vai a merda, com respeito é claro - Eu falei enquanto prendia o cabelo em um coque - Mas falando sério, tá limpa

- Tá sim, meu príncipe, vai vir aqui?

- Vou sim

- Só por causa da piscina - Ele fez cara de deboche

- É claro que não, você é muito difícil, hein!? Eu realmente tô com muita saudades do meu docinho de coco - Quando falo isso eu consigo ver seus olhinhos um olhar gentil

- Tá bom, Tomioka, você sabe que pode vir, as portas estão sempre abertas pra você...

- Então daqui a pouco eu vou, só vou passar em casa e buscar um negócio, tá? Beijos, tchau

- Tchau, meu príncipe, tô te esperando

Quando ele desligou ligação eu pude conectar o celular ao Spotify, colocando a minha playlist mais adolescente e a minha favorita, dei partida no carro com o The Neighborhood estralando

Chegando em casa eu fui rápido, peguei a camisa que eu fiz pra ele e saí correndo e em menos de quinze minutos eu cheguei na casa dele

Quando meu carro estacionou ele já está na frente do portão me esperando, ele deu um sorrisinho, sabendo que sou eu no carro. Descendo do carro fui até ele, eu passei meus braços pelo seus ombros e os dele pela minha cintura e nós demos alguns beijinhos

- Sabia que a gente pode se beijar aqui dentro né? É até mais seguro -

- Chato! - A gente entra na varanda, fechando o portão e continuando a se beijar intensamente, valendo até falar umas safadezas e também umas coisas boas de escutar

- Você fica um gato quando tá de coque, sabia? - ele disse inclinando a cabeça pro lado, sem tirar os olhos do meu

- Eu sou sempre um gato... Esse é o problema! - ele riu docemente, me dando mais um beijo

- Veio aqui só pra beijar?

- Eu vim aqui pra fazer mais algo? Nem lembro - zombo, vendo ele fazer aquela carinha irônica

- Cadê o circo? Porque o palhaço já tá aqui - ele me deu um peteleco na testa - Bora logo, dá um tchibum! Eu vou entrar e vou pegar uma toalha

- Eu vou contigo

Amando Em TriploOnde histórias criam vida. Descubra agora