8- Noites de tormentas... Na espera de um lindo amanhecer!

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Livia estava exausta, passou o dia todo perambulando e procurando uma possibilidade de sair daquele local. Andou pelo terreno todo, verificando a cada palmo como poderia fugir do local que agora a amedrontava.

À tardinha tomou banho e não preparou nada para o jantar, não sentia vontade e nenhuma motivação para aguardar seu soberano injusto, seu tirano e seu opressor, aquele que a está escravizando e torturando fisicamente e moralmente.

- Preciso sair daqui... Não sei por que estou passando por isto..

Estas perguntas e constatações instalaram-se na mente de Livia...
Seus pensamentos foram interrompidos quando ouviu o barulho do veículo se aproximando, sentiu seu corpo estremecer da cabeça aos pés e se pôs em pé olhando para a porta de entrada da moradia.

Ele abriu a porta energicamente e aos berros, com um par de algemas nas mãos, chega perto de Livia e procurando pelos braços dela, pega-a com brutalidade e a algema pelos punhos e lhe diz raivosamente:

- Eu até ia pensar se ia te aprisionar ou não, mas vi pelo monitoramento das câmeras no meu celular que a senhora estava procurando uma forma de fugir daqui... Nunca vai encontrar.. Quando reformei isto aqui, solicitei para os técnicos que o fizessem de forma muito segura, porque estaria criando cães de segurança, fiéis aos seus donos e para caça de prisioneiros foragidos... Então garotinha, não tem como sair... Agora ande, vamos para seu novo aposento.

Saíram da casa e no meio do gramado e debaixo de uns arbustos havia uma porta inclinada com menos de 45 graus, com duas folhas de madeiras grossas e fechadas com uma corrente larga e com um cadeado enorme. Estava semi escondida, tanto que nunca tinha deparado com esta entrada, pois estava no meio de uma folhagem vasta, de folhas grandes e largas, somente encontrava-a quem sabia desta construção.

Brandon que andava puxando a pelos braços, parou, abriu o cadeado e a escancarou as folhas da porta. Empurrou a para dentro de um cômodo úmido, escuro e com cheiro de mofado. Ela vai e permanece no chão, está atordoada com tal violência, não consegue entender nada desses episódios que estão ocorrendo com ela...

Tinha três ou quatro lances de degraus, em que o Brandon desce calmamente.

Pega-a pelas algemas, tira de um dos pulsos e engata está algema que havia soltado do pulso direito de Livia e junta-a numa corrente engrelada e um tronco grosso de madeira, como se faz com cães bravos.

Ela novamente sentia suas lágrimas quentes escorrerem sobre sua face e não disse uma palavra sequer. Estava entorpecida pelos acontecimentos.

Brandon saiu batendo as duas partes da porta.

Nossa personagem se viu desesperada, sozinha, com a cabeça dolorida e aveia prisioneira de seu marido.
Livia lembrou-se de Dª. Maggie e começou uma oração solicitando forças, pedindo salvação, inclusive pedindo sua morte, tamanho era seu desespero.

Quando se cansou de tanto orar... Observou olhando por tudo: tinha um cômodo grande com um quarto e no fundo uma pia com torneira, um vaso sanitário e um chuveiro. Tinha algumas toalhas encardidas, algumas peças de roupas de cama, um cobertor escuro, alguns rolos meio sujos de papel higiênico e dois ou três sabonetes com as embalagens amassadas.
Um porte de barro grande com água e uma caneca de plástico transparente. Era um recanto assustador. Qual mente doentia pudera construir aquilo para escravizar criaturas? Usar-se de outras... Pensou até se aquilo seria um local para prender prisioneiros de guerra? Ou esconderijo para esconder pessoas sequestradas? Tudo parecia irreal..
Poderia até ser confundido com um sonho amedrontador, ou melhor, um grande pesadelo.

O marido retornou mais tarde, algumas horas depois, com uma garrafa de bebida nas mãos e com um filme, um dvd na outra. O quarto estava às escuras, a única iluminação era da projeção da lua.

Livia sem entender o que iria acontecer, ficou somente observando. Daí que contatou que naquele buraco havia eletricidade sim, pois ele acendeu uma luz fraquinha e no fundo havia uma cama de casal de ferros antigos, uma televisão grande, uma câmera de filmagem instalada sobre um tripé e percebeu que ali era o ninho do morcego violento, onde torturava suas vítimas, porque tudo era muito familiar a ele. Brandon caminhava com naturalidade pelo cômodo e sabia a existência de tudo que tinha ali.

Deixou preparado o dvd, mas foi embora, sem sequer olhar para o lado do chão aonde permanecia sua mulher caída.

Quando ela ouviu o veículo saindo, sentiu uma sensação de alívio, porém ele não lhe deixará nada para comer e nem para beber, a não ser a água do pote de barro. Iria enfrentar um jejum forçado.

Ela gritou por socorro o mais alto que conseguia, até a voz ficar roufenha. Cansou-se muito. E com fome e dores pelo corpo, adormeceu.

A partir deste dia, todas as noites eram de tormentas. Quando ele chegava embriagado, as torturas eram piores, porque colocava filmes pornográficos para assistir e a submetia a todas as atrocidades possíveis.
Todas as crueldades horríveis que ele assistia, reproduzia com ela e muitas vezes, ele filmava as ações atrozes, mas mantinha o cuidado para que sempre ele estivesse de costas para a filmadora.

As noites eram coroadas de surpresas: ele a amarrava na cama antes de possuí-la, ele colocava-a aprisionada com uma corrente no pescoço e fazia-a executar as mais diversas formas sexuais com ele.
Utilizava-se de filmes para maiores excitações, de objetos de muitas formas, de roupas, acessórios eróticos e fantasias que a fazia vestir-se para ele.
Demonstrava sentir-se poderoso e reinando naquele local.
A moça passou a ser uma escrava sexual e mantinha silêncio em seu calabouço. Nunca mais reagiu e nunca mais pronunciou seu nome... Muitas vezes, ele a obrigava a repetir falas de amor, porque senão apanharia muito... Então somente sob extrema pressão emitia palavras de amor para ele...

Livia procurava com suas dores, com sua solidão atroz, buscar refúgio em orações e preces que mal conhecia, mas sentia-se bem após falar com Deus, com sua mãe e com seu anjo da guarda, mesmo sem saber ao certo o que estava fazendo...
Era a única alternativa que buscava para atenuar sua situação.
Sentia-se melhor depois de falar com essas entidades, assim que os chamavam. Sempre manteve a esperança de ter ainda um lindo amanhecer...
E acordar daquele terrível pesadelo!
















Até a próxima, e me desculpem qualquer erro de ortografia.
Bjss

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