Corações entrelaçados na poeira da vaquejada.

Sempre você.

                    Três dias depois...

A noite na fazenda Jeon foi preenchida com uma linda fogueira e as histórias de Zé. Yoongi, por incrível que pareça, não estava dormindo como de costume; o rapaz estava atento às falas do amigo. Jungkook, por outro lado, permanecia de olhos abertos, imerso em seus pensamentos, enquanto observava o lindo céu estrelado. Já haviam se passado três dias desde o ocorrido na fazenda do senhor Park, mas Jungkook continuava remoendo a besteira que havia feito ao jogar Jimin em uma poça de lama.

— Pretendem dormir aqui fora, meninos?— perguntou Dona Maria, chamando a atenção de todos.— É melhor voltarem para dentro; amanhã ainda tem muito trabalho pela frente.

— Amanhã vai ter festa, Dona Maria. Ninguém vai trabalhar! — disse Rafael, chegando logo atrás da senhora, com um sorriso no rosto.

— Quem disse que não tem trabalho?— questionou Zé. — Trabalho é o que não falta.

— É melhor irem dormir.

Maria saiu logo em seguida, e os rapazes continuaram ao redor da fogueira até altas horas da noite. Foi somente quando Zé se levantou de seu banco que todos se ergueram também.

O cantar do galo marcou o início de um novo dia, e Jungkook, já acordado, vestiu sua roupa de trabalho, tomou seu café e saiu com Rafael.

Enquanto isso, na fazenda Park, Jimin também havia acordado cedo. Estava ansioso para rever seu irmão. Jin e Taehyung ainda dormiam profundamente quando a buzina da caminhonete preta ecoou pelos cantos da fazenda. Jihoon desceu do veículo, acompanhado de seu filho, de apenas cinco anos. Jimin, ao escutar o som, saiu para fora da casa, um sorriso enorme estampado em seu rosto. Ele correu para abraçar o irmão. Jihoon jamais esqueceria aquela recepção tão calorosa do mais novo.

— Que saudade! — disse Jihoon, abraçando Jimin com força.— Meu querido irmão.

Depois de alguns minutos abraçados, Jimin soltou Jihoon e o olhou por alguns segundos, sorrindo.

— Quem diria que você se tornaria esse homem.— disse Jimin. 

— Quem diria que você ficaria ainda mais lindo!— Jihoon olhou Jimin de cima a baixo.— Ah, já ia esquecendo de apresentar. Esse é meu filho, Park Taemin.

Jimin colocou a mão na boca, espantado. Era difícil imaginar seu irmão como pai, especialmente Jihoon, que sempre demonstrara ser péssimo nesse aspecto e estava sempre com várias namoradas.

— Que lindo garoto! — Jimin se agachou para ficar do tamanho de Taemin. — Com certeza noventa e cinco por cento é da mãe. — declarou Jimin, soltando uma risadinha.

— Está dizendo que sou feio?! — Questionou Jihoon, entrando na brincadeira.

— Como vai, Taemin? Titio estava ansioso para conhecê-lo.— Jimin pegou na mão do garotinho, que ainda não havia dito uma única palavra.

— Oi.— disse Taemin, tímido.

— Ah, que fofo! — Jimin o pegou em seus braços.— Papai está esperando na sala. Deixe-me com ele; vou levá-lo para passear.

— Tá bom. Acho que vou almoçar aqui, então podem demorar o quanto quiserem.— Jihoon passou a mão na cabeça do pequeno, logo entrando na casa.

Jimin estava ansioso para passar um tempo com o sobrinho. Ele pegou uma velha bicicleta que encontrou na garagem, colocou Taemin na cadeirinha para crianças e saiu pedalando pela estrada de terra. Os poucos dias de Jimin na região já haviam sido suficientes para ele descobrir lugares incríveis. Seu primeiro destino seria a bela cachoeira escondida na densa mata.