Really?

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Não havia mais visto o moreno de olhos puxados que tanto vivia em sua cabeça. O coreano parecia ter sumido no meio de toda aquela gente. Por mais que achasse que precisava de um tempo longe do moreno, para entender todos aqueles sentimentos que o tomava, estava começando a sentir falta de Son. Estava tão acostumado a estar junto com ele em lugares assim, que se sentia estranho sem ele.

---Emerson, cê' viu o Son? -- estava preocupado, o amigo não costumava sumir assim do nada em festas, sempre estava perto de alguém.

---Acho que ele foi no banheiro.

---Valeu.

Não demora muito a encontrar o lugar e quando estava prestes a entrar lá, a porta se abre, o coreano surgindo através dela.

---Richarlison? -- o coreano estava surpreso. O brasileiro parecia o ignorar a noite toda e derrepente estava em sua frente.

O que deveria fazer? Perguntar o porquê daquilo ou fingir que nada estava acontecendo?

---Sonny... Tudo bem? -- o coreano estava lindo, como sempre.

Estava vestindo uma camiseta branca, simples e uma calça jeans larga. Usava tênis pretos. Um look bem básico. O coreano gostava daquelas cores pelo o que havia notado. Acaba se demorando observando o amigo.

---Sim. E com você? -- Son o traz de volta a si quando responde.

---A-Ah... Sim.

O moreno suspira. O amigo estava muito estranho e aparentemente era só consigo.

---Richie, eu te fiz algo?

O brasileiro é pego de surpresa pela pergunta.

---O quê?

---Está agindo diferente comigo desde o fim do jogo.

---D-Diferente como? -- se desespera por dentro o louro. Será que ele percebeu?

O coreano respira fundo antes de continuar.

---Pode ser coisa da minha cabeça, mas... Parece estar me ignorando. É sério, Richarlison. Se eu fiz algo, eu-

---Você não fez nada, Son.

Droga, não havia sido uma boa idea ir atrás dele. Não estava com cabeça para uma conversa daquela.

---Então... Por quê? -- insiste o mais velho.

---É só estresse, Son. Nada de mais. -- responde, negando com a cabeça. Estava começando a perder a paciência e nem sabia o porquê.

Se vira para sair dali, pronto pra deixar o asiático pra trás, com seus questionamentos.

---Como me diz que não é nada de mais? Você claramente esta me evitando. -- ele se põe a acompanhá-lo, vendo que o amigo o deixaria ali se não o fizesse.

---Não, eu não estou.

---Richarli-

---Porra, Son. Já disse que não! -- se exalta, assustando o coreano.

Havia se voltado para ele, podendo ver o exato momento em que sua face expressa o quão magoado estava.

---Eu fiz algo, não fiz?... -- ele indaga, triste.

Estava triste por sua causa.

Precisava sair dali antes de o magoar ainda mais.

---O mundo não gira ao seu redor, Son. Se eu disse que é só estresse, é por quê é só estresse.

Mas talvez não tenha escolhido as palavras certas para se "despedir".

E assim sai, deixando para trás um Son ainda mais confuso, com lágrimas nos olhos.

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