A proposta da minha chefe

✾ • Capítulo 1 • ✾

Notas da autora: Essa história se passa no mesmo universo da série, por isso tem magia, seres diferentes como elfos, fadas etc, mas também tem a tecnologia do nosso mundo/as coisas que nós temos no nosso cotidiano. 

Eu já tinha escrito uma história parecida com essa, acho que o nome da fanfic era o mesmo que estou usando agora. Antes meu nome aqui na plataforma era EvelinGeller mas eu não gostava muito, então mudei. Também tinha outras fanfics, mas como não estive bem por um tempo acabei apagando todas 🤡.

Boa leitura ♥️

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A chefe encarava os papéis que sua funcionária havia deixado em sua mesa, ignorando completamente a presença da mesma, que ainda continuava ali.

“Maldita!” Adora pensava enquanto olhava para a bela mulher sentada em sua frente. 

Havia falado, há vinte minutos, que precisava discutir com Catra sobre sua futura viagem de negócios, que aconteceria em exatamente uma semana. Como resposta, a mulher híbrida disse: "Espere um momento." E desde então, ela não tirou os olhos daqueles malditos papéis.

Catra se encostou em sua cadeira e suspirou. As propostas que costumava receber de outras editoras ou de seus fornecedores eram sempre horríveis e desvantajosas para ela, não sabia se era apenas por ela ser uma mulher meio-gato que havia "vencido" na vida, ou porque eram todos uns cuzões mesmo. Achavam que ela se sentiria inferior e aceitaria qualquer porcaria que oferecessem.

Levantou os olhos e encarou sua assistente pessoal, que estava parada ali há algum tempo. Ela mentiria se dissesse que não achava satisfatório torturar um pouco aquela loira alta e certinha que sempre ia trabalhar vestida com um terninho comportado que ela em particular sempre achou bastante apertadinho.

— Então... fale sobre a viagem, Adora — disse com um tom de deboche. Era óbvio que a funcionária sabia que ela a mantinha ali de propósito. Não era a primeira e nem seria a última vez que aquela mulher faria aquilo com ela.

— Sim, senhora — “Finalmente!” pensou Adora ainda com raiva da chefe. — Nosso principal fornecedor de papel e tinta solicitou uma reunião presencial na cidade onde ele reside daqui a uma semana. Eu preciso da confirmação da senhora para poder agendar a sua viagem no cartão da empresa. — Catra sentia uma enorme dor física como se levasse uma facada toda vez que Adora chamava ela de senhora, 

Catra ficou surpresa. Afinal, a loira havia esperado de pé por tanto tempo apenas para lhe informar aquilo. Uma hora ou outra o velho iria exigir que ela fosse lá para que eles resolvessem logo esse problema. 

"Aquele filho da puta!". Não era de hoje que Catra era constantemente perturbada por um homem chamado Hordak sobre a venda de papéis e tinta. Naquele país, papel era praticamente um artigo de luxo, especialmente após o fim da guerra, que dizimou várias florestas no meio do fogo cruzado. 

Consequentemente, ter uma editora não era um bom negócio em tempos de pós guerra onde os recursos eram escassos, ainda mais Catra sendo o que ela era. Parecia que desde que assumiu o negócio de seu pai de três anos para cá, as coisas só iam de mal a pior. Não iria mentir e falar que queria estar ali, mas ver o trabalho da vida do homem que fez de tudo para criá-la bem acabar daquele jeito deixava ela triste. 

— Vamos deixar para resolver esse assunto no final do expediente de hoje, preciso que você fique até depois do seu horário para conversar com você. 

Adora encarou sua chefe, esperando que ela dissesse que tudo não passava de uma piada. Já trabalhava incansavelmente todos os dias, chegando mais cedo que os outros apenas para garantir que a mulher tivesse o café mais caro da cidade em sua mesa, a sala organizada, a agenda com todas as pendências do dia preparada e os livros que precisavam de aprovação já dispostos na pequena estante chique ao lado de sua escrivaninha. E tudo isso apenas para ser tratada como nada e receber um salário miserável. Nem foi contratada para fazer essas coisas para início de conversa.