XVIII

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* escrevi esse capítulo com a música Everything Is Yours da Kehlani no repeat, quem quiser ouvir a música enquanto lê o capítulo, sinta–se a vontade.

quinze de janeiro de 2023.

📍 São Paulo.

Depois de milhares de caixas embaladas, alguns contratos assinados e algumas malas trazidas, finalmente minha mudança para São Paulo estava completa

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Depois de milhares de caixas embaladas, alguns contratos assinados e algumas malas trazidas, finalmente minha mudança para São Paulo estava completa. Estávamos cansados. A ajuda de Thiago foi completamente necessária, e creio que se ele não estivesse lá para me ajudar, eu estaria pior.

Théo estava desmaiado em meus braços, e eu havia decidido passar uns dias com Thiago até que as coisas estivessem em seu devido lugar.

Não que eu não quisesse ficar com a minha mãe. Mas algo em meu coração me dizia que esse não era o caminho pelo qual eu tinha que andar.

Minhas mãos não paravam quietas, e Thiago já havia percebido minha inquietação, mas provavelmente preferiu deixar essa conversa para quando estivéssemos na casa dele.

Decidi fechar os olhos, mas em momento algum consegui dormir. Minha mente sempre divagava e a inquietude me deixavam em um mar de angústias.

Não demorou muito a estarmos na casa de Thiago, e quando finalmente chegamos, Théo migrou para os braços do pai dele, eu finalmente suspirei aliviada.

Entramos em casa e subimos as escadas em um silêncio descomunal. Thiago entrou com Théo no quarto ao lado, e eu, entrei no quarto do meu namorado, indo direto até o banheiro e tomando um banho quente, esperando que o que quer que me assolasse, se esvaisse junto com a cabeça.

Suspirei cansada, porque minha mente estava um emaranhado de confusões.

    Na minha cabeça, naquele momento, aquela mudança pareceu um erro. E por mais que eu não me arrependesse nem um pouco da decisão que eu havia tomado, eu havia deixado o medo das mudanças me dominar.

Minha cabeça doía e eu me sentia fraca, porque pela primeira vez, eu estava pisando em um chão que eu não conhecia. Odiava ter a sensação de que os meus pés não tocavam o chão. Odiava entrar em algo de cabeça sem conseguir sentir a sensação de certeza.

A porta do box é aberta, e o cheiro do perfume dele se faz presente no cômodo enquanto eu sigo quieta no mesmo lugar onde estou.

   Ele se aproxima, e as mãos vão de encontro a minha cintura. Era um toque generoso, me trouxe certa paz. Me colocou no eixo de novo.

—— Eu te amo, Maria Teresa. Vou estar sempre aqui para você, você sabe disso.

As palavras suaves entram em minha mente de forma gradativa. Tinha mais que só um eu te amo qualquer alí. Ele queria mesmo mostrar que estaria alí acima de tudo.

Vida • Thiago Veigh.Onde histórias criam vida. Descubra agora