Prólogo.

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14 Anos.
Kléo.

Não suporto mais viver dessa forma, trancada dentro de casa sem poder sair e conhecer pessoas novas. Tenho somente contato com pessoas quando meus pais adotivos dão festas chiques, mas da mesma forma só tenho permissão para aparecer por poucos segundos e ser exibida ao lado do Sr.Lenon, meu pai, seus olhos sempre estão vidrados em mim e a cada passo que dou.

Uma das únicas pessoas que tenho contato é a Melinda, empregada e antes minha babá, chega a ser mais minha mãe que dona Valéria, minha mãe adotiva. Melinda sempre contrabrandeia livros para que eu possa fugir um pouco da realidade conturbada em que fui submetida deis de que nasci.

Nunca tive a oportunidade de ter amigas, eu sempre estudei em casa e jamais tive contato com outras crianças e adolescentes. Desde de sempre mamãe sempre diz que isso só tiraria meu foco dos estudos, preciso ser obediente e seguir as regras como boa filha e futura esposa de um homem importante.

Penteio meus longos cabelos alaranjados e passo uma maquiagem básica, ressaltando sempre o contorno dos meus olhos Hazel.

Hoje teremos um jantar aqui em casa onde vou conhecer meu futuro marido, nosso casamento está programado para os meus 18 anos deis do dia em que nasci. Meus pais biológicos foram mortos por ele, pois traíram sua confiança e fui dada para ser criada por Lenon e Valéria, treinada deis de cedo e preparada para vida de submissão que me aguardava.

— Já está pronta? — Me viro ao escutar o tom levemente ameaçador da mamãe.

— Sim, somente vou calçar meus sapatos e já podemos descer. — Digo enquanto observo seu olhar desaprovado - provavelmente pela demora ou simplismente por se tratar de mim em sua frente.

Eu e Valéria nunca tivemos essa proximidade de mãe e filha, sempre sinto esse olhar desaprovado quando estou diante dela. Mas sendo honesta, não esperava algo diferente se somente nasci para me tornar um objeto de submissão.

— Kléo, saiba que se causar uma má impressão e o acordo for desfeito, hoje mesmo me livrarei de você e te vendo para um dos bordeis de seu futuro marido. — Diz me encarando com uma feição séria.

— Prometo me comportar. — Murmuro com os olhos baixos.

Visto uma sapatilha rosa, combinando com o meu vestido no mesmo tom, segundo mamãe me dá um ar ainda mais angelical.

Ela desce as escadas na minha frente, logo que alcanço os degraus sinto um olhar queimar em minha direção, não estou pronta para o choque e o medo que sinto.
O homem que me encara intensamente é ainda mais atraente e perigoso do que eu imaginava, já havia visto fotos suas em sites e reportagens de sua empresa de fachada. Ele é alto, cabelos curtos quase rentes ao coro cabeludo. Ele é grande, tanto em altura quanto em músculos. Me apavoro ainda mais indo em sua direção como foi ordenado previamente.

— Boa noite senhor. — Comprimento num tom contido quando paro em sua frente. Ele segura meu maxilar sem gentileza e me faz encarar seus olhos.

— Boa noite, princesinha. — Diz e me vira analisando meu corpo. — Vê se engorda um pouco e melhora essas curvas, ainda é reta e magra demais pra me satisfazer.

— Sim senhor. — Respondo submissa como deve ser e sou.

— E então dom, aprova sua noiva? — O Sr.Lenon pergunta com expectativa no olhar enquanto encara o homem.

— Mesmo sendo nova até que é bonita.. deve ficar gostosas nos próximos anos. — Ele responde enquanto ainda me analisa com seus olhos penetrantes.

Excelente. — Meu pai responde com um sorriso enorme no seu rosto.

Depois desse encontro humilhante, jantamos e me mantenho em silêncio o jantar todo como deve ser. Ao final da noite choro novamente em minha cama. Por que tenho que passar por isso? Por que não tenho amor de ninguém? Eu gostaria de viver como nos livros! Ter amigos e até mesmo namoradinhos, mas sei que meu destino é marcado a ferro e sou apenas uma mercadoria.

Revisado.

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