23| 𝗖𝗟𝗜𝗠𝗔̃𝗢 𝗘𝗠 𝗖𝗔𝗦𝗔

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TEM MEIA QUE EU estou tomando coragem pra entrar na casa dos meus pais.

Eu estou de mãos dadas com o Piquerez que está tão tenso como eu, a diferença é que ele não demonstra.

Por eu ter as chaves da casa dos meus pais, não tenho problema nenhum em entrar, e quando eu entro, eu consigo só ouvir várias vozes vindo da sala.

Sinal que está todo mundo junto.

— Pique, me espera aqui que eu já venho te buscar. — Ele assente, e eu o deixo ali no corredor e vou em direção as vozes. Quando eu entro de vez na sala, o primeiro a bater palmas é o meu pai. — Boa tarde, vidas.

— Bonito Barbara, lindo! — Ele continuou a bater palmas. — Lindo demais preocupar a sua família desse jeito. — Ele levou a mão no peito. — Eu só não morri ainda, porque o São Paulo não foi campeão da Libertadores, e eu tenho que estar vivo para esse evento.

— Eu não vou nem falar nada. — Meu irmão estava sentado em uma das poltronas na sala, igualzinho um velho de setenta anos, com os dois braços apoiados. — Virou festa né? Virou bagunça, virou várzea e virou moda sumir e não atender o telefone.

— Tá gente, desculpa por isso, mas foi por uma boa causa. — Eu deixo um beijo na testa da minha mãe que se diverte muito com os dramas dos homens da família. — Eu tava ocupada.

— Tava ocupada sim. — Gabriel abriu um sorrisão. — Não dou dois meses pra chegar um novo membro pra nossa família aqui.

— Na verdade, não precisa dar dois meses... — Abri o sorriso mais cara de pau do mundo. — Porque vocês vão mesmo receber um novo membro na família...

— AH, BABI VOCÊ TÁ GRÁVIDA? — Minha mão colocou a mão no peito. — Eu vou ter mais um neto!!!! Obrigada meu Deus!!!

— Livraaaa! — Eu gritei. — Ô Elena, porque tudo aqui eles acham que é filho?

— E eu lá sei? — Elena que estava tirando os bobes da frente do cabelo, deu de ombros. — Por favor né família, olha bem pra cara da Babi de quem vai ser mãe tão cedo.

— Então ela tá namorando. — Everton fechou a cara. — E eu tenho até medo de perguntar com quem, porque puta que pariu! Ô mulher pra dar errado no amor é essa tal de Barbara.

— Para de jogar praga, amor. — Marília tocou em seus ombros. — Vocês nem dão espaço pra ela terminar de falar.

— Normal, Marília. — Encolhi os ombros também. — Mas todavia o Everton não está tão errado, eu não tô namorando, namorando... sabe? Mas eu tô tendo algo mesmo.

— Ao contrário do seu irmão, eu fico feliz por isso, filha. — Meu pai abriu um sorriso aliviado. — Finalmente Everton, finalmente a Babi está se relacionando com alguém, eu achei que ela ia ver a Bella casando, e não iria se casar nunca.

𝗟𝗜𝗠𝗜𝗧𝗘 ⸺ 𝐏𝐢𝐪𝐮𝐞𝐫𝐞𝐳.Onde histórias criam vida. Descubra agora