Paz nunca foi uma opção. Yoo Kihyun nunca esperou que sua estadia em Jeju pudesse ser algo tranquilo, especialmente quando estava indo para a junção da sua família com a do seu pior inimigo. Ele só não imaginava que conhecer um certo policial que ca...
"Se você quiser fugir comigo Eu conheço uma Galáxia e posso te levar para dar uma volta Eu tive uma premonição de que entramos em um ritmo Onde a música não para jamais Se você sente que precisa de um pouco de companhia Você me encontrou na hora certa" -Levitating, Dua Lipa
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Eu sempre fui encantado por fotografia, desde muito pequeno. A primeira câmera que tive em minhas mãos, aos seis anos de idade, se tornou a minha companheira fiel por anos e eu só abri mão dela quando as minhas gambiarras já não eram mais o bastante para fazê-la funcionar.
O quarto que eu deixei para trás aos dezenove anos era um retrato claro disso, as paredes eram uma mistura de azul e branco, como o céu limpo pela manhã, e nela estavam pregadas grande parte das fotografias que tirei durante aquele período da minha vida. O céu de jeju, em todas as diferentes nuances que o compunham, dependendo do horário e da época do ano; as praias, cachoeiras, cavernas, penhascos e trilhas, registrados com foco em cada detalhe que apenas quem tinha os visto por tantas vezes era capaz de capturar.
O centro do quarto era coberto por um tapete felpudo que ficava quentinho quando sob o sol do meio-dia, uma mesa de estudos repleta de livros, post-its, papeis e revistas ficava na parede oposta a minha cama e, acima dela, uma janela extensa, dando para o jardim de tulipas da minha casa.
A luz que entrava pela janela pela manhã era intensa e me impedia de dormir mais do que deveria. Acordar ali era mais familiar do que em meu apartamento em Seoul, especialmente com o cheiro gostoso de café da manhã, com os característicos temperos naturais que minha avó costumava usar impregnando o ambiente. Eu empurrei a montanha de cobertores de cima de mim e fui até a cozinha, sem me preocupar em esfregar os olhos nem passar as mãos pelos cabelos arrepiados, apenas para abraçar a senhora a beira do fogão por trás. Ela cheirava a amaciante e chá de jujuba.
— Isso é sopa de tutano com abobora? — perguntei, apoiando meu queixo no seu ombro para enxergar dentro da panela, a mulher era uns trinta centímetros menor do que eu, me fazendo ficar completamente corcunda quando a abraçava.