Reencontro: Revelações

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Tokoyami arrumava o berço do seu bebê que chegaria em poucos dias, a barriga de Tsuyu estava enorme! Mas, o Deus estava pensativo...Tão pensativo que nem ouviu a esposa chama-lo diversas vezes

Tokoyami: ah, o que houve Tsuyu? - perguntou preocupado

Tsuyu: Fumikage, por que está assim? - se aproxima dele

Tokoyami: assim como?

Tsuyu: você parece...Apreensivo...- isso deixa o corvo surpreso, ele olha para o lado - querido, conte-me o que quiser, eu sou sua esposa, pode confiar em mim - sorri

Tokoyami: é que eu...Não preciso dizer isso...- Tsuyu fica confusa - vamos se sentar, então te conto, tudo bem? - a esverdeada assente e se senta na cama

Tsuyu: e então? O que te incomoda? - o encara

Tokoyami: Tsuyu...Você se lembra quando eu disse que fugi da minha aldeia? Logo quando nos conhecemos?

Tsuyu: sim, me lembro. Você nunca disse o por quê

Tokoyami: é porque...Eu não estava pronto...Eu tinha receio...- olha pra baixo, suas mãos estavam inquietas

Tsuyu: Fumikage - segura suas mãos e as aquieta - você não precisa me contar se não quiser, não se force. Passado é passado! Temos um novo futuro agora - sorri apontando para a barriga, Tokoyami encara a barriga da esposa e dá um suspiro pesado

Tokoyami: não! - ele afasta as mãos dela - eu preciso contar...- respira fundo - você sabe que...Eu nunca tive pais, fui criado do nada e passei uma parte da minha vida na floresta, até que um Deus bondoso me achou

Tsuyu: sim, nisso, vocês foram para o Monte Squad, você acabou descontrolando seu poder e foi expulso de lá...

Tokoyami: é, mas...O Deus bondoso também foi comigo, ele matou alguns Deuses por minha causa...- Tsuyu fica surpresa ao ouvir isso, um Deus matar outros Deuses era comum apenas para questões de guerras, nunca foi algo usado para questionar a decisão do rei dos Deuses - e então, fomos para uma aldeia, ele cuidou de mim lá até uma certa idade

Tokoyami: passamos muitas dificuldades no início, como fome, frio, tudo de ruim...Éramos deuses exilados, todos nos desprezavam. Foi então que, nossas vidas começaram a melhorar derepente; tínhamos onde morar, roupas quentes e o que comer, eu estranhei mas não dei muita importância. O Deus bondoso me ensinou tudo o que eu sei...Porém, todos os aldeões nos odiavam, no início, achei que era porque somos deuses exilados. Então, nos maltratavam, o Deus bondoso sempre me protegia, ele levava toda surra sozinho - aperta os olhos ao lembrar das cenas

Tsuyu: Fumikage, você não...

Tokoyami: eu preciso contar...- suspira - depois de sermos expulsos e espancados por diversas vilas, finalmente encontramos uma que nos acolheu e não se importaram com nossas origens, foi realmente, um novo lar. Eu pensava que íamos ter um recomeço, as pessoas iam nos tratar bem, mas não foi bem assim...Algumas pessoas continuavam nos olhando torto, eram poucas, mas, seus olhares eram de desaprovação e nojo, eu não entendia o por quê. Foi então que certa vez, eu estava completamente sem sono

Tsuyu: isso é novidade, você vive morrendo de sono por aí! - brinca tentando fazer seu marido rir, mas não consegue

Tokoyami: eu ouvi barulhos estranhos vindo por trás da porta, eu a abri lentamente, e vi uma cena horrível...O Deus estava tendo atos sexuais com uma criatura estranha, tinha uma quantia grande de dinheiro em cima da nossa mesa, então, encaixei todas as peças, o por quê de nunca gostarem de nós e sermos odiados por todos...O deus era um prostituto, isso era nojento...

Tokoyami: sem pensar duas vezes, quando o Deus estava dormindo, eu arrumei as poucas coisas que tinha e decidi fugir...A prostituição é o pior dos pecados! Isso era nojento! Inaceitável! Eu não acreditei que tinha sido criado por uma criatura daquelas, foi isso que pensei na hora...E foi por isso que fugi...- um silêncio se instala no quarto, depois de alguns minutos, Tsuyu decide falar:

Deuses Também AmamOnde histórias criam vida. Descubra agora