No limiar do crepúsculo, onde a luz morre lentamente,
Repousam os fantasmas das memórias indesejadas.
Entre as sombras do meu ser, um espinho se aloja,
Um nome, um rosto, um passado que não se apaga.
Tantas palavras não ditas, tantos gestos perdidos,
Uma montanha de mágoas erguida entre nós.
Cada lembrança é um peso, um fardo invisível,
Carregado nas noites insones, nas manhãs vazias.Perdoar não é esquecer, não é negar a dor sentida,
É confrontar o que foi e o que ainda é.
Mas como perdoar quando o coração está ferido,
Quando a cicatriz ainda pulsa com o pulsar da vida?No espelho do tempo, vejo um reflexo distorcido,
Uma versão de mim que não reconheço mais.
Os dias se arrastam em um ciclo infinito,
Revivendo cada erro, cada passo em falso.Procurei consolo em palavras doces,
Em sorrisos falsos e abraços vazios.
Mas o alívio nunca veio, a paz nunca chegou,
A mágoa permanecia, como uma sombra imortal.Dizem que o perdão é um ato de coragem,
Um mergulho no abismo do próprio ser.
Mas e se o abismo for profundo demais?
E se o medo do desconhecido for maior que a dor?Tantas vezes tentei, tantas vezes falhei,
A palavra "perdão" presa na garganta,
Um nó que não se desata, um grito sufocado,
Uma verdade que não se revela.Perdoar quem nos feriu é como abraçar um espinho,
Esperando que a dor um dia cesse.
Mas e se a dor nunca parar?
E se o perdão for apenas uma ilusão?Entre o orgulho e a vulnerabilidade,
Caminho sobre um fio, sem saber onde pisar.
Cada passo é incerto, cada decisão é duvidosa,
E o perdão parece um sonho distante.Nas noites escuras, pergunto ao silêncio,
O que fazer quando o coração está em guerra?
Como encontrar paz em meio ao caos interno?
Como perdoar sem se perder no processo?A cada manhã, o sol nasce trazendo esperança,
Mas as sombras do passado ainda me seguem.
Será que um dia conseguirei perdoar?
Ou estou condenado a viver na incerteza?Os dias passam, as estações mudam,
Mas a dúvida permanece, como uma constante.
Perdoar é libertar-se, dizem,
Mas como libertar-se quando as correntes são invisíveis?No fundo da alma, desejo a paz,
Um refúgio onde a dor não possa entrar.
Mas a paz é esquiva, como um sonho distante,
E o perdão, uma promessa não cumprida.O vento sussurra segredos antigos,
Histórias de perdão e redenção.
Mas meu coração ainda está fechado,
Guardando rancores e medos.Perdoar é um ato de fé,
Um salto no desconhecido.
Mas a fé é frágil, e o medo, constante,
E eu permaneço preso em minha própria hesitação.O tempo, dizem, cura todas as feridas,
Mas algumas cicatrizes nunca desaparecem.
Será que um dia conseguirei perdoar?
Ou estou destinado a viver na dúvida eterna?Os conselhos vêm de todos os lados,
Palavras de sabedoria e consolo.
Mas ninguém pode perdoar por mim,
Ninguém pode carregar esse fardo.A jornada do perdão é solitária,
Um caminho que só eu posso trilhar.
E enquanto procuro respostas,
A dúvida permanece, uma companheira constante.No fim, talvez nunca encontre a paz,
Talvez o perdão seja um sonho inalcançável.
Mas enquanto viver, continuarei a buscar,
Mesmo que a incerteza seja minha única certeza.
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aprenda a perdoar.
Poetryperdoar pra mim foi algo difícil de se fazer vindo ainda de alguém que me fez mal, fiz esse poema com o intuito de mostrar o que eu estava sentindo.