Antes de Stella. Antes de Draco. Antes da Realeza.
Existiam duas pessoas destinadas a mudar tudo.
O spin-off volta no tempo para contar a história da mãe de Stella e do pai de Draco, dois jovens marcados pelo destino, pelo desejo de liberdade e por...
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ˢᵉˡᵉⁿᵉ ⁿᵃʳʳᵃⁿᵈᵒ
Estamos deitados depois de um longo dia de estudos. lucio está com sua cabeça escorada em minha barriga e eu acaricio seus cabelos, apreciando como eles são macios.
Nesses cinco meses que se passaram desde que descobrimos o casamento, minha mente está mais confusa do que esteve durante meus quatorze anos.
Por que, e se eu quiser realmente me casar com lucio, e se eu quiser ele como mais que meu amigo...? Mas e se ele não me quiser, se ele me rejeitar? Não sei como eu viveria sem meu melhor amigo e primeiro amigo.
Engraçado como esses pensamentos sempre estiveram aqui... mas depois que falaram que iriamos nos casar de um jeito ou de outro, o baú onde eu guardava todos esses pensamentos sobre meu melhor amigo foram abertos, como a famosa caixa de Pandora. Saim os mais loucos pensamentos que já tive sobre lucio todos esses anos, e isso me assusta.
— No que está pensando? — Sua voz rouca do cansaço fala e ele vira sua cabeça para me encarar nos olhos.
Os olhos diamantes... os olhos mais espetaculares que já vi em toda a minha vida...
— Só pensando em como acabar com esse casamento... — Deixo escapar uma risadinha nervosa e desvio meus olhos dos dele. — Uma coisa que nem um dos dois quer...
— É... nem um dos dois quer — ele fala mais baixo do que de costume e se vira para deitar novamente em minha barriga.
Segundos, minutos se passam, a respiração de lucio está regular, o que me indica que meu amigo está acordado, e provavelmente tão pensativo quanto a mim.
— Sabe... seria tão ruim assim nós nos casarmos? — lucio fala levantando bruscamente da cama e se parando de pé, as palavras fogem de mim, desaprendo a falar. — sabe... eu te conheço selene, a quatorze longos anos... sei tudo que se passa na sua cabeça... ou quase tudo. — ele respira fundo. — vejo o jeito que você me olha... porque eu também te olho assim. E nós dois sabemos que isso vai muito além de amizade...
— Eu... — nada sai, vejo o momento exato em que os olhos de lucio param de brilhar com a esperança. Quero gritar que sinto o mesmo, que nunca senti por mais ninguém, o que sinto pelo meu melhor amigo... mas quando abro a boca, nem uma palavra é emitida.
O garoto coloca suas mãos no rosto e respira angustiadamente, eu... odeio o ver assim.
— Desculpe, foi uma ideia completamente idiota... — ele se vira e vai em direção à minha por trás, enquanto eu só fico aqui observando ele ir embora... — esqueça tudo que falei. — e com as suas últimas palavras, ele abre a porta do quarto e sai.
Minha garganta se aperta com a enorme vontade de chorar que desola meu corpo.
Por que tenho que ser assim... confusa? Por que não consegui abrir a boca e dizer para ele tudo que sinto? Que acho que o amo desde o dia em que ele me defendeu do seu pai, que apenas com nove anos eu já estava completamente encantada pela risada do garoto, eu amo tudo nele...