Massagem

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não direi nada. apenas leiam.

Era noite, já passava do horário de fim de expediente. Apenas Nelson — que já estava de saída —, Verônica e Anita permaneciam no departamento. Verônica ainda teria uma considerável quantidade de trabalho pela frente, e o motivo, obviamente, era Anita.

— Pois é. Vou nessa, Verô! Vai ficar aí? — Nelson recolhia suas coisas enquanto iniciava um diálogo com Verônica, que estava absorta em papéis.

— Ah! Vou, Nelsinho. Quero terminar tudo hoje.

— Entendi... Vai ficar sozinha com a fera. Cuidado e boa sorte! — A forma pelo qual Nelson sempre se referia com Anita arrancou um sorriso de Verônica. Realmente, precisaria de cuidado dobrado e o triplo de sorte.

— Nada, Nelson. Boa noite!

— Boa noite! Até amanhã!

— Até!

O trabalho continuou normalmente até Nelson sair do local. Prontamente, Anita notara a movimentação e mandara uma mensagem curta de texto para Verônica.

📲. Termina essa pasta e trás as coisas pra cá.

Verônica lera a mensagem, logo começa a suspirar de uma forma mais pesada. Flashbacks da tensão de mais cedo inundou sua mente, porém apenas decidira ignorar aquilo e seguir seu trabalho como se nada tivesse acontecido.

📲. Okay.

Dedilhou o teclado novamente, digitalizando os arquivos passados por sua superior. Atenta aos mínimos detalhes, pois erro algum passa despercebido por Anita.

Sabia que era errado sentir-se atraída por alguém sendo casada, e soava mais estranho e errado ainda quando percebia que esse "alguém", era Anita. Seus braços bem definidos, as pernas longas, sua cintura fina, os lábios sempre em cor de sangue e os olhos. Ah, aqueles olhos... As orbes que possuíam uma mesclagem clara e atraente entre azul e verde, a forma que suas pupilas dilatava levemente quando encontrava-se com as de Verônica... Tudo parecia uma tentação.

Verônica virou seu pescoço para trás, encontrando uma Anita imersa em papéis. Seu cabelo estava jogado para o lado e usava um óculos que parecia ter sido moldado para a mulher usar. Não demorou muito para retornar a sua visão ao laptop, terminando em fim de digitalizar a última página da pasta que estava sendo digitalizada.

A escrivã pegou as pastas já digitalizadas e as levou para a sala de Anita. Bateu três vezes antes de entrar, chamando a atenção da delegada, logo recebendo autorização para adentrar o local.

A morena sentou-se na cadeira que estava desocupada, ficando frente a frente com sua chefe. Posicionou cuidadosamente as pastas sobre a mesa e então encarou a mulher que estava sentada ali.

Uma conversa profissional instalou-se no local. Até então, era um diálogo totalmente seguro. Debates sobre o caso, e de vez em quando as pontadas que Anita lhe dava.

— Já está informada da mulher que vamos interrogar? — Anita pergunta para Verônica, com os olhos ousando fixarem-se em sua boca, oscilando entre os olhos e os lábios.

— Sim, sim. Tânia, certo?

— Essa mesmo. Aqui tem umas informações sobre a relação dos dois. — O laptop de Anita fora virado para Verônica, que logo começou a ler as mensagens. — Aí foi pela época de quando se conheceram.

"
📲. Olha, sei que a gente não tem nada e tal... Mas gostei muito de você. A gente bem que poderia se encontrar no restaurante da região. Topa?

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⏰ Última atualização: Jul 25 ⏰

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Quem Disse Que Não Daria Certo? • VeronitaOnde histórias criam vida. Descubra agora