Capítulo 6

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Eles não trocam mais do que duas palavras a noite toda e acabam saindo da festa mais cedo do que a maioria. 


Eddie diz, “Tenho um filhote esperando por mim em casa, não posso ficar aqui a noite toda. Você pode ficar e se misturar se quiser, no entanto.” 


Seria muito ruim para a nova aliança se Buck aceitasse a oferta, por mais que ele preferisse ficar ali, onde sua matilha está, onde ele se sente seguro e querido em vez disso, Buck balança a cabeça e acena para que ele lidere o caminho para fora. 


Eles se despedem de todos e vão para seus carros. Eddie dirige uma caminhonete velha e surrada. Convenientemente, ela está estacionada apenas algumas fileiras acima de onde Buck estacionou seu jipe ​​mais cedo naquele dia. 


Buck o segue para casa, casa?, ele pensa, sentindo-se enjoado. Esta será sua casa, onde ele mora, com dois estranhos, e não seu loft de um quarto no centro da cidade. Buck suspira, apertando o volante com força sob seus dedos. 


O alfa tem um filho, um beta chamado Christopher, se Buck se lembra corretamente. Ele se pergunta se Eddie ao menos lhe contou sobre todo esse arranjo, ou se ele está apenas planejando despejar tudo isso no pobre garoto, já que ele não estava na cerimônia. 


Ele estaciona atrás do carro de Eddie na garagem e sai, nervoso e ansioso. 


Eddie mal espera pelo ômega, quase fechando a porta na cara dele ao entrar. Buck aceita com naturalidade, revirando os olhos, mas mantendo a boca fechada. Bobby disse para ele dar uma chance a tudo isso, Buck se lembra, respirando fundo para se acalmar. 


"Papai!" 


É como se uma pessoa completamente diferente de repente tomasse posse do corpo de seu novo companheiro, da mesma forma que Eddie passa de um idiota marrento a um pai amoroso de um momento para o outro. 


“Ei, Christopher” Eddie levanta seu filho nos braços e aperta. Há um sorriso gentil e terno em seu rosto enquanto ele dá pequenos beijos na testa e nas bochechas da criança, fazendo o menino rir. Buck sorri, sem nem perceber que está fazendo isso. O que ele pode dizer? Ele ama crianças, e esta em particular é a mais fofa que ele já viu, ele deve ter puxado a aparência da mãe. 


"O que você ainda está fazendo acordado, afinal?" Eddie pergunta, liberando seu filho. 


Christopher faz uma careta, franzindo o narizinho. “Eu queria conhecê-lo.” ele sussurra, em um volume que é tudo menos baixo. 


O sorriso de Eddie desaparece, e ele se vira para Buck, apreensivo. "Christopher, este é Evan, meu novo companheiro." ele se apresenta, a palavra "companheiro" sai como se ele tivesse vomitado facas antes que ela saísse de sua boca. 


Buck ignora isso e se ajoelha para ficar no nível dos olhos do garoto de oito anos. Ele sorri gentilmente e estende a mão para cumprimentá-lo. “Oi Christopher, é um prazer conhecê-lo, ouvi muitas coisas boas sobre você. Pode me chamar de Buck.” 


Christopher aperta a mão hesitantemente, "Buck?" ele questiona. 


Buck sorri. “É como todos os meus amigos me chamam.” 


Christopher morde o lábio inferior, o mais tímido possível. "Você quer ser meu amigo?" 


“Sim, claro que sim.” Buck sorri quando Christopher começa a retribuir o sorriso, ainda que timidamente. 


"Tudo bem, hora de dormir, está tarde." Eddie interrompe, pegando o filhote em seus braços e dando ao ômega um olhar que Buck não consegue entender, antes de seguir pelo corredor e entrar no quarto que provavelmente é o quarto de Christopher. 


Buck tem a maioria de suas coisas embaladas em um par de malas com rodinhas no porta-malas, cansado demais do longo dia que teve para trazê-las para dentro e desfazer as malas esta noite. Tudo o que ele tem consigo é uma mochila cheia de artigos de higiene e uma muda de pijama para passar a noite até de manhã. 


Vagamente, ele se pergunta onde Eddie o fará dormir. Tradicionalmente, ele deve dormir com seu companheiro e consumar o ritual; Buck sabe que isso certamente não vai acontecer, e não tem escrúpulos sobre isso, de uma forma ou de outra. Não é como se o resto de sua matilha combinada estivesse aqui para testemunhar, então eles não precisam agir como se fossem almas gêmeas ou algo assim na privacidade de seu próprio lugar, o que é um alívio. 


Buck ainda está parado no saguão, sem jeito, quando Eddie retorna. 


O alfa bufa, irritado, claramente e aponta “Você pode ficar no quarto de hóspedes, à sua esquerda" eu vou dormir, boa noite.” 


Buck nem tem a chance de responder antes que Eddie vá para seu próprio quarto. 


O quarto de hóspedes é bom; não é mobilhado com muita coisa além de uma cama e um armário, mas Buck não se importa. O piso acarpetado é macio e luxuoso, diferente do mármore frio do seu loft, mas não é tão diferente. 


Enquanto ele troca seu smoking chique por um par de shorts e uma camiseta velha e surrada, Buck não consegue deixar de sentir um pouco de saudades de casa. Ele quer ligar para Maddie para se confortar, mas tem certeza de que ela e todos os outros que ele conhece ainda estão na celebração, provavelmente se divertindo muito, e ele não quer ser um fardo. 


Buck rasteja para a cama e suspira. Amanhã é outro dia, ele se lembra repetidamente, enquanto suas pálpebras cansadas fecham. 

Lobos, companheiros e ursos - BUDDIEOnde histórias criam vida. Descubra agora