Copacabana: Só um dia de vários outros que virão

373 40 71
                                    

Era a madrugada de um domingo em Copacabana, Vinte e Um de Julho de 2024.

Minatozaki Sana, Im Nayeon, Yoo Jeongyeon e Hirai Momo estavam voltando de uma festa. Nayeon dirigia o carro e Jeongyeon ia ao seu lado, no banco de passageiro, enquanto Sana e Momo iam nos bancos de trás.

— Essa festa foi muito boa! Faz tempo que nós quatro não saíamos juntas. — Jeongyeon disse, sua voz animada.

Já faziam alguns meses desde em que o quarteto se juntou pra sair. Às vezes saíam em duplas, ou em trios, mas quase nunca as quatro mesmo. Por sorte, conseguiram se reunir nesse dia.

— Eu concordo, foi maneiro. Pena que todas as vezes que a gente sai pra as festas, a Sana e a Nayeon ficam que nem duas... loucas, descontroladas.

Momo comentou, meio risonha, até que se tocou de algo - o que Jeongyeon também percebeu só na hora.

— Cacete! A Nayeon não tá sóbria! Ela não pode dirigir! — Jeongyeon exclamou, de maneira quase desesperada.

Nayeon estava dirigindo em velocidade alta, mais alta do que era aceito. A coreana, finalmente "voltando" à consciência, percebe que haviam dois carros da polícia perseguindo elas.

— Puta merda, vou ter que parar o carro. — Nayeon falou, claramente alterada, parando o carro no canto da rua, freando, o que fez um barulho ensurdecedor na rua silenciosa.

Eram quase três horas da manhã. Um horário perigoso, considerando onde moravam.

O carro da polícia parou ao lado do carro de Nayeon, sua sirene piscando e fazendo barulho.

— Vocês? De novo? O que as senhoritas estão fazendo tarde da noite na rua? — A policial, Park Jihyo, indaga com uma voz séria. Sem obter resposta, se virou para Nayeon, que estava no banco de motorista. — Você está sóbria?

Sana não ficou nem assustada, e sim, impressionada com tamanha beleza daquela mulher. Não prestou atenção na conversa e nas perguntas da policial, prestando atenção apenas no seu rosto.

Como estava embriagada, e mais sem vergonha do que já era normalmente, interrompeu a conversa com a fala mais absurda que alguém já poderia falar para alguém das autoridades.

— Porra... cóe, pode me prender, porque agora 'cê roubou meu coração. 'Tu é linda demais. Pena que tão chata.

A Japonesa disse com uma cara de sem vergonha, seu rosto um pouco vermelho pela bebida ingerida. Não se arrependeu do que disse, olhando para a autoridade enquanto segurava a risada.

— Você tá brincando comigo, né? — Jihyo questionou, ainda mais séria do que antes. — Eu vou ser chata mesmo quando levar vocês todas pra a delegacia. — Ela continuou, estressada, e ignorando os questionamentos e reclamações das quatro mulheres, às levou até a delegacia. Não estava de brincadeira.

Jeongyeon e Momo estavam principalmente frustradas, até porque aquela situação só
chegou naquela situação principalmente por conta da fala de Sana, e não mesmo por conta de Nayeon. Não era como se aquilo não tivesse acontecido antes, mas era muito frustrante pra as mulheres sóbrias.

— Vai se foder, hein! A gente só tá aqui por culpa dessas duas aí! Libera a gente, ô! — Jeongyeon foi a primeira a aumentar a voz para a capitã, quase procurando balbúrdia.

Jihyo não gostava nada daquilo e daquele tipo de comportamento. Já conhecia bem aquele quarteto ali e o resto da trupe, especialmente Sana, que sempre arranjava uma maneira de flertar com a mesma em qualquer situação.

— Abaixa a voz pra mim. 'Tá achando que é baderna? Eu nem deveria liberar, mas sou justa. Você e a de franjinha, fora. — Jihyo ordenou.

As quatro se levantaram, Momo e Jeongyeon saindo da sala, e as outras duas iam saindo também, mas a capitã impediu.

— Ah, ah, ah! Podem voltar, vocês duas. Vocês ficam.

Em troca, recebeu um choramingo de Sana e um resmungo de Nayeon. As duas estavam definitivamente embriagadas, Nayeon um pouco menos que Sana; mas não deixava de estar bêbada.

— Primeiro, você, moreninha. Estava dirigindo enquanto embriagada por quê, hm? Não é a primeira vez que você faz isso.

— Me perdoe, Jihyo.. digo, Capitã Park. Eu estava fora de controle. Eu juro que pago a maior multa possível 'pra me redimir. — Nayeon disse, meio chorosa. Estar bêbada não ajudava na situação; ficava mais dramática do que já era.

— Certo, a gente resolve a sua multa já, já. Mas se eu te pego de novo assim, é prisão, e eu não 'tô de brincadeira. — Jihyo respondeu, sua voz firme, furiosa.

— Correto, capitã, obrigada pela chance, mesmo. — Nayeon responde, quase se curvando para Jihyo; um costume por vir de família Coreana.

A mulher saiu da sala para ver as coisas da multa, e ficaram apenas Jihyo e Sana ali.

— Agora a coisa vai ficar séria. Quem você pensa que é 'pra falar assim comigo? Eu sou das autoridades, porra.

Jihyo mostrou o seu distintivo. Era nova, mas já era muito conhecida por Copacabana - a tal da policial que pegava todo mundo e não perdoava, algo semelhante.

Morriam de medo de Jihyo, e Sana não era diferente. Mas... Jihyo era linda demais. Sana não conseguia se conter.

— Mhm... eu sei. Me desculpa, gatinha. — Sana disse, mas vendo o olhar firme da capitã em si, percebeu o que tinha falado. — Perdão, Jihyo. Não- Park. Park Jihyo. Capitã Jihyo.

Naquilo, Jihyo teve que segurar a risada. Sana era surreal de ridícula. Já tinha lidado com a garota várias vezes, e ela nunca perdia a chance.

— Olha, Sana, sério. Vê se toma juízo. Não vou te perdoar da próxima, nem que você jure pela sua mãe, se ajoelhe, nada. — Jihyo disse, relembrando algumas vezes passadas em que Sana simplesmente se ajoelhou em sua frente, pedindo "perdão" e "tenha misericórdia de mim".

Os olhos de Sana brilharam, um sorriso vindo ao seu rosto. — 'Cê é a melhor, cara! Eu te amo! Prometo que não acontece de novo.

Sana disse. Jihyo abriu um pequeno sorriso, mas sua face séria logo voltou. Ela fez um movimento com as mãos, mandando Sana se escapulir da sala, o que logo foi compreendido, tendo a Japonesa mandando um beijinho pra si e saindo da sala em pulinhos.

Jihyo ficava chocada que, Sana, com 21 anos na cara, não tinha um pingo de juízo e vergonha. Estranhamente, vinha pensando um pouco mais nessa garota. Ela só te causava problemas mas-

Era tão... atraente, apesar das confusões em que se metia. "Esqueça, Jihyo." — A Park pensou pra si mesma, não. Não podia nem pensar naquilo.

Era proibido, e ela NÃO iria se apaixonar pela Minatozaki. Tinha a sua palavra.

Ou talvez não.

Capitã Park Jihyo Onde histórias criam vida. Descubra agora