Capitulo 9 :Fronteiras da traição

4 1 0
                                    

O porto estava silencioso, uma calmaria inquietante que parecia prenunciar a tempestade que se aproximava. Após a execução do líder dos Lee, Jongho, Yeosang e Hana sabiam que o contra-ataque seria implacável. Cada um deles sentia o peso da responsabilidade e da incerteza, mas também a determinação de ver sua missão até o fim.

Nos dias seguintes, eles redobraram suas precauções, reforçando a segurança e traçando novas estratégias. As informações nos documentos de Hana eram cruciais, mas também revelavam a complexidade e a extensão da rede dos Lee, exigindo cautela e precisão em cada movimento.

Numa manhã chuvosa, enquanto revisavam seus planos, uma mensagem chegou. Era um ultimato dos Lee, convocando-os para uma reunião em um local neutro, sugerindo uma trégua temporária para discutir termos. Jongho, ciente das armadilhas possíveis, hesitou.

"Pode ser uma emboscada," alertou Yeosang, a voz fria e calculada. "Mas pode também ser nossa chance de descobrir mais sobre os movimentos deles."

Hana, que até então havia permanecido em silêncio, concordou. "Precisamos estar preparados para qualquer coisa. Se formos, será com todos os cuidados possíveis."

Jongho assentiu, a decisão tomada. "Vamos. Mas não baixaremos a guarda por um segundo."

O local da reunião era um antigo galpão abandonado, suas paredes descascadas e cheias de grafites. A atmosfera era carregada de tensão quando Jongho, Yeosang e Hana chegaram, acompanhados por um grupo seletivo de seus homens de confiança. Do outro lado, os representantes dos Lee esperavam, suas expressões tão duras e impassíveis quanto a própria situação.

O encontro começou com formalidades tensas. Os Lee propuseram um cessar-fogo temporário, sugerindo negociações para dividir territórios e evitar mais derramamento de sangue. Jongho ouviu atentamente, seus olhos analisando cada palavra, cada expressão.

"Por que deveríamos confiar em vocês?" ele perguntou, direto. "Vocês atacaram primeiro, e agora esperam que acreditemos na sua boa fé?"

O líder dos Lee, um homem de meia-idade com cicatrizes que contavam histórias de batalhas passadas, sorriu friamente. "Porque, assim como vocês, estamos cansados de perder homens e recursos. Uma trégua temporária pode beneficiar ambos os lados."

A negociação continuou por horas, cada lado tentando ganhar vantagem. Mas havia algo nos olhos do líder dos Lee, um brilho de malícia que Jongho não podia ignorar. Ele sabia que uma traição era inevitável.

Quando a reunião finalmente terminou, os dois grupos se separaram, cada um retornando ao seu território. No caminho de volta, Jongho não pôde deixar de expressar suas dúvidas.

"Isso é um jogo deles," ele disse, a voz baixa. "Eles planejam algo. Precisamos estar prontos."

Yeosang e Hana concordaram, e os preparativos para o pior começaram. Eles fortificaram suas posições, aumentaram a vigilância e prepararam suas forças para um ataque iminente.

Naquela noite, enquanto revisavam os planos mais uma vez, um grito ecoou pelo esconderijo. Jongho e Yeosang correram para fora, encontrando um de seus homens caído, uma faca cravada em seu peito. No chão, uma mensagem escrita com sangue: "A guerra não acabou. Estamos mais perto do que vocês pensam."

A ameaça era clara. Os Lee não apenas rejeitavam a trégua, mas também tinham um espião entre eles. A traição estava mais próxima do que nunca.

Jongho, com os olhos brilhando de raiva e determinação, voltou-se para seus aliados. "Precisamos descobrir quem é o traidor. E precisamos agir rápido. Não podemos permitir que eles destruam tudo pelo que lutamos."

Yeosang, com a expressão endurecida pela fúria contida, balançou a cabeça em concordância. "Vamos encontrar o traidor. E vamos acabar com os Lee de uma vez por todas."

Hana, silenciosa até então, olhou para Jongho e Yeosang. "Precisamos estar mais unidos do que nunca. Se caímos na desconfiança agora, eles vencem."

Com a nova ameaça pairando sobre eles, Jongho, Yeosang e Hana sabiam que a batalha que enfrentariam não seria apenas contra os Lee, mas também contra as traições internas e a incerteza que poderia corroer sua aliança. No entanto, com a coragem e a determinação ardendo em seus corações, estavam prontos para enfrentar qualquer desafio que viesse, certos de que apenas juntos poderiam sobreviver ao labirinto de lealdades e traições que se desenrolava diante deles.

Império de Sangue Onde histórias criam vida. Descubra agora