Growing Up

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Dois meses após sua partida, Bang Chan recebeu uma ligação enquanto degustava um mojito na beira da piscina particular de seu quarto em um resort nas Maldivas. Para sua infelicidade, era Jisung aos prantos implorando que ele voltasse, mas o ômega não deu muitos detalhes a respeito. Simplesmente insistia que ele precisava voltar e, bem, não é como se Chan não fosse capaz de tudo por Jisung, mas ele não podia ir embora naquele momento. Havia estrategicamente escolhido o seu primeiro destino baseado em algumas parcerias que facilitariam seu descanso longe da empresa. É claro, no entanto, que ele tentou. Por diversas vezes!

Acabou sendo necessário acalmar o mais novo por telefone, mas nem mesmo com muita insistência ele revelou o motivo de seu desespero. Dizia que conseguiria lidar e se desculpava constantemente pelo incômodo, mesmo com o Bang insistindo que ele jamais seria um.

Os primeiros quatro meses das "férias" foram tão caóticos quanto os dias em Seul. Jisung era inegavelmente competente, mas algumas pessoas confiavam em Chan e apenas em Chan para certos assuntos. Então, mesmo com o intuito de descansar, ele acabou se ocupando mais do que desejava.

Quando tudo pareceu mais calmo, uma ideia lhe surgiu à mente e ele não hesitou em ir atrás. Voltaria para Seul e faria uma surpresa a Jisung e a todos da SKZ. Não tinha intenção de fiscalizar sua empresa pois confiava no ômega de olhos fechados, mas as ligações e o choro dele não saíam de sua cabeça.

(...)

O avião particular de Bang pousou na capital coreana às duas da tarde. Essa era exatamente a hora que Jisung voltava do almoço e ele sabia por possuir toda a escala do rapaz – vantagens de ser o dono.

Quando colocou os pés na empresa, houve um alvoroço. Todos correndo de um lado para o outro no intuito de agradar o chefe e mostrar que tudo funcionava bem sem ele, mesmo com o alfa insistindo que tudo estava bem e não era preciso tudo aquilo. Quatro meses foram suficientes para que as pessoas perdessem o costume do quão humilde Bang Chan era.

O homem deixou claro que Han Jisung não deveria ser avisado de sua presença.

Assim que as portas do elevador se abriram no último andar, a secretária pessoal do CEO abriu um sorriso enorme, como se ela estivesse diante de um membro da família. Sana, uma contratação vinda do Japão, foi a pessoa de confiança de Chan nos últimos 3 anos e nunca o decepcionou.

– Senhor Bang! – Apesar das palavras formais, ela se levantou e correu para abraçá-lo. É lógico que foi recebida com muito carinho.

– Senhorita Sana! Que saudades! – O homem envolveu a cintura esguia da beta com seus braços fortes e ela suspirou. Entre eles não havia qualquer relação além do mais puro companheirismo, era como estar em casa de novo, ainda que dentro do ambiente de trabalho.

– Você voltou? – Ela indagou após se afastar e retornar para sua mesa, sendo seguida por Christopher.

– Não... eu não volto mais, Saninha. – Ele sorriu um tanto sem graça. – Só vim checar como estão as coisas e ver o Jisung. Ele tá aí?

O sorriso no rosto da moça se esvaiu no mesmo segundo. É claro que ela sabia a respeito da paixão platônica que o alfa nutria

– Ah... agora? – Ela tentou fingir normalidade.

– Sim... – O alfa ergueu uma sobrancelha em desconfiança. – O que tá rolando?

– Não quer tomar um café antes? Ele tá um pouco ocupado agora. – Ela sorriu largamente, Sana era péssima em disfarçar.

– Sana, abre o jogo. – Chan pediu impaciente, apoiando as duas mãos na mesa. – Ele tá em reunião?

– Não exatamente... – A beta levou uma mecha do próprio cabelo para trás da orelha enquanto olhava para baixo e aquele comportamento foi a gota d'água. Chan se virou em direção à porta da sala de Jisung e respirou fundo antes de girar a maçaneta, ignorando completamente os chamados de Sana.

Streetlight (Chansung)Onde histórias criam vida. Descubra agora