Episódio 02

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Assim que o conselho do vilarejo onde Faizar e Sinestro viviam soube do ocorrido, ficaram horrorizados e, depois de uma assembléia extraordinária, declararam diante de todos:

- Thaal Sinestro! Por conta de seus crimes contra a família de Faizar Han, seu próprio amigo, o levando para um local proibido e profano, e ainda por cima, lhe causando a morte, você está permanente banido dessa sociedade! Nunca mais poderá retornar, a não ser que pratique um ato de extrema bravura e sacrifício!

E todo o povo gritou:

- BANIDO! BANIDO! BANIDO!

Sem esboçar reação, Sinestro respondeu:

- Que assim seja!!

Desse modo, Thaal Sinestro foi levado para fora do subsolo, sendo obrigado a viver de maneira precária no deserto e florestas abandonadas do planeta Korugar, refletindo sobre os seus atos.

Porém, aquilo apenas deixou Sinestro ainda mais convicto de que deveria encontrar uma maneira de derrotar Larfleeze e libertar seu mundo natal, não descansando um único dia, prosseguindo em seus estudos antropológicos e arqueológicos, se enfiando em ruínas precárias e locais tenebrosos. E, por muito tempo, ele viveu assim, sozinho e abandonado por todos.

Até que, um ano se passou, e um milagre aconteceu...

VVVUUUSSHHH...

- Mas o que?!? - despertou Sinestro, no meio da noite, ouvindo um som estranho, como se um meteoro tivesse rasgado os céus.

SSSKKKAAAPPLLAAMM BBOOMM!!

- Uma Explosão?!? Aqui?!? - Pasmou Sinestro, se levantando de seu acampamento, num sítio arqueológico, vendo fumaça e chamas ao longe - É UMA NAVE?!?

Decidido, Sinestro pegou sua bolsa, vestiu seus sapatos e correu entre a floresta, rumando para o local da queda. Chegando lá, suas suspeitas foram confirmadas: se tratava mesmo de uma espaçonave caída, avariada e em chamas. Repentinamente, um brilho incandescente esverdeado surgiu de seu interior, seguido por um som de batidas metálicas.

- Mas o que está acontecendo aqui?!? - Pasmou Sinestro.

Então...

- KKUUTALA NALO MAS TOCU!! - e um disparo laser foi efetuado, surgindo um ser estranho, envolto numa armadura amarela, escapando de dentro da nave.

- Volte aqui seu Quard miserável!! COF! COF! - disse um outro ser alienígena, sangrando e mutilado, vestindo um traje verde reluzente.

Extremamente surpreso e impressionado, Sinestro correu até o alienígena moribundo e tentou ajudá-lo, dizendo:

- V-voce entende minha língua?

Embasbacado, o alienígena respondeu:

- Sim, rapaz! COF! COF! - cuspiu sangue - Eu sou um Lanterna Verde... E estava levando aquela criatura para a prisão do universo em OA mas... COF! COF! Aquele Quard conseguiu escapar e tomar o controle da minha nave!!

Sinestro o levantou e o colocou encostado numa árvore, tentando avaliar seus ferimentos. Contudo, o alienígena salientou:

- Eu já estou morto, filho... COF! COF! Mas talvez você possa completar meu trabalho...

- Como?!? - Pasmou Sinestro.

Dizendo aquilo, o alienígena retirou o anel verde seu dedo anelar direito e declarou:

- Eu, Kal Vin, lhe entrego esse anel e o torno Lanterna Verde honorário! Vamos! Coloquei esse anel em seu dedo... E destrua aquele miserável... COF! COF!

#3 Tropa dos Lanternas Verdes: A Origem De Sinestro Onde histórias criam vida. Descubra agora