Capítulo 14

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— Harry — ouvi Hermione se dirigir a ele enquanto se aproximava.

— Posso me sentar? — Potter perguntou, olhando para cada um de nós.

Antes mesmo que pudéssemos responder, vozes elevadas ecoaram pelo corredor próximo ao salão. O tom agudo e irritante de Dolores Umbridge misturava-se ao tom firme de Minerva McGonagall. Troquei olhares com minhas amigas, e, movidas pela curiosidade, levantamos juntas para ver o que estava acontecendo.

— Parece que questiona minha autoridade dentro da sala de aula — Dolores dizia, em tom acusatório.

— Nem um pouco, Dolores — Minerva respondeu com firmeza. — Apenas questiono seus métodos... medievais.

— Desculpe, querida — retrucou Umbridge, com um sorriso venenoso. — Mas questionar meus atos é questionar o Ministério, e, portanto, o Ministro em pessoa. — Revirei os olhos ao ouvir a fala dela, carregada de arrogância. — Sou uma mulher tolerante, mas uma coisa que não suporto é deslealdade.

— Deslealdade? — Minerva rebateu, sua voz cheia de ironia.

— A situação em Hogwarts está bem pior do que eu temia — declarou Dolores, lançando um olhar penetrante em minha direção antes de se voltar para Harry. — Cornélio precisará tomar providências imediatas.

O clima no Grande Salão tornou-se pesado após o embate acalorado. Os murmúrios dos alunos enchiam o espaço enquanto eu voltava ao meu lugar, acompanhada por minhas amigas.

— Aquela mulher só piora as coisas, não é? — Harry disse, passando a mão pelos cabelos bagunçados, claramente preocupado.

— Como ela pode ser tão... tão... — Rony bufou, sem conseguir encontrar palavras.

— Horrível? — Hermione completou, franzindo a testa. — Não entendo como o Ministério a apoia tanto. É como se estivessem cegos para o que realmente está acontecendo aqui.

Eu permaneci em silêncio, organizando meus pensamentos. Finalmente, olhei para Hermione com um misto de frustração e convicção.

— Infelizmente, o Ministério prefere ignorar a verdade quando ela é inconveniente — comentei, minha voz carregada de determinação.

— Mas o que podemos fazer? — Harry perguntou, exasperado. — Dumbledore parece de mãos atadas com toda essa interferência. Parece que estamos lutando uma batalha perdida.

— Não diga isso, Harry — respondi, firme. — Sempre há uma maneira de resistir, mesmo nas situações mais difíceis. Resistência começa com pequenos atos de coragem, como os que vocês já vêm demonstrando.

— O que você quer dizer? — Rony perguntou, agora mais atento.

— Precisamos nos unir contra Umbridge — expliquei, empolgada. — Não podemos deixar que ela nos controle. Dumbledore sempre disse que nossa força está na união e na determinação de defender o que é certo.

— Então, o que sugere? — Hermione perguntou, assentindo lentamente.

— Primeiro, devemos entender melhor o inimigo. Conhecer suas fraquezas e métodos nos dará uma vantagem — comecei, sorrindo. — Além disso, podemos organizar pequenos grupos de resistência entre os alunos. Quanto mais pessoas dispostas a desafiar Umbridge de forma pacífica e inteligente, mais difícil será para ela impor sua vontade.

— Então, é isso que faremos — Hermione declarou, sua expressão agora determinada.

Eu sorri, satisfeita, mas decidi mudar o tom.

— Agora, mudando de assunto... vocês têm planos para sábado à noite? — perguntei, hesitante.

— Por quê? O que você está tramando, Maya? — Harry ergueu uma sobrancelha, enquanto Rony me olhava curioso.

A Herdeira de Gryffindor - Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora