A Herdeira de Gryffindor - Draco Malfoy

Capítulo 12

Draco's point of view

Acordei com uma leve dor de cabeça. Flashes de fumaça e risadas da noite anterior passavam pela minha mente. Ontem, meus amigos decidiram comemorar o retorno às aulas na Torre de Astronomia. Por um instante, quase não fui, até que Astória bateu na minha porta, dizendo que queria muito que eu estivesse lá. Não lembro de quase nada do que aconteceu.

Os primeiros raios de sol atravessavam as cortinas do dormitório, desenhando padrões dourados no chão de pedra. Pisquei várias vezes, tentando dissipar a sonolência e a névoa que ainda pairava sobre meus pensamentos.

Sentei na cama, passei a mão pelos cabelos e percebi que estavam completamente bagunçados. Algumas lembranças fragmentadas da noite com Astória, Mattheo, Theodore, Blaise e Pansy surgiram na minha mente, arrancando um leve sorriso, mesmo que agora eu estivesse enfrentando as consequências físicas da diversão.

Levantei e notei minha coruja me observando com um olhar julgador, como se soubesse exatamente o que havia feito. Suspirei, prometendo a mim mesmo que tomaria mais cuidado no próximo sábado.

Depois de um banho rápido, coloquei meu uniforme e ajustei o colarinho da camisa. Passei a mão na gravata verde e prata da Sonserina antes de acordar Mattheo.

— Vamos, cara. Levanta antes que a gente se atrase.

— Eu nunca mais bebo — murmurou Mattheo, arrastando-se em direção ao banheiro.

Assim que ele terminou de se arrumar, descemos juntos até o salão comunal, onde a atividade matinal já estava em pleno vapor. Cumprimentei alguns colegas com um aceno discreto e me preparei para ir ao Salão Principal, mas fui interceptado por Astória no caminho.

— Bom dia, amor — disse ela com um sorriso. — Já estava com saudades. Dormiu bem?

— Bom dia, Astória — respondi, notando o sorriso de canto de Mattheo. — Dormi bem, mas quantas vezes vou ter que repetir? Não temos nada. Não me chame de amor.

O sorriso de Astória se desfez, e ela pareceu chateada ao se afastar. Prefiro ser sincero do que alimentá-la com falsas esperanças.

Adentrei o Salão Principal, onde o burburinho das conversas se misturava ao arrastar de cadeiras e ao tilintar de talheres. Meu olhar, inevitavelmente, foi atraído para o lado oposto do salão. Maya Brand Gryffindor.

Seus cabelos escuros caíam em cascata pelos ombros, e ela parecia completamente à vontade entre os colegas da Grifinória, rindo e conversando como se fosse o centro do pequeno universo ao seu redor. Meu estômago deu um nó de raiva.

Desviei o olhar e percebi que Crabbe e Goyle me encaravam. Peguei uma maçã verde na mesa da Sonserina, tentando afastar os pensamentos incômodos sobre ela.

A última aula do dia foi um desastre.

- Potter, como sempre, se achando o salvador do mundo mágico – sussurro para Mattheo com um leve tom sarcástico – não me surpreende que ele esteja sempre no centro das atenções, como se fosse o herói que todos precisam. 

Paro de falar assim que vejo a Gryffindor se intrometer no assunto saindo em defesa do Potter 

- Ele e sua turma de seguidores, sempre prontos para agir como se tivessem todas as respostas – balanço a cabeça com desaprovação – mas é apenas questão de tempo até descobrirem que não são tão especiais quando pensam

— Acho ela bem especial, na verdade — Mattheo comentou, rindo enquanto observava Maya discutir com Dolores Umbridge.— Acho ela bem especial, na verdade — Mattheo comentou, rindo enquanto observava Maya discutir com Dolores Umbridge.