003 - não vá embora;

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A mão de Chico, que antes pousava sobre a minha cintura, agora estava nas minhas costas, e nós dois continuávamos dançando e bebendo

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A mão de Chico, que antes pousava sobre a minha cintura, agora estava nas minhas costas, e nós dois continuávamos dançando e bebendo.

Acabou que a banda percebeu que as músicas mais lentas e românticas, tinham chamado mais atenção e que as pessoas estavam mais participativas, e eles mantiveram nesse estilo.

O toque da música "Não Vá Embora", de Marisa Monte começou a tocar e eu sorri empolgada, me desvencilhando da posição que estava com ele.

Peguei o copo de cerveja que ainda estava na sua mão, e corri até a mesa onde estávamos sentados, coloquei os nossos copos lá e voltei para ele.

Passei meus dois braços ao redor do pescoço do Chico, deixando-me levar pela bebida.

— Você conhece essa? — Perguntei.

— Óbvio. — Falou e deu uma risada, pousando suas duas mãos em minha cintura, apertando de leve, me conduzindo no ritmo da música.

— "E no meio de tanta gente, eu encontrei você. Entre tanta gente chata e sem nenhuma graça, você veio. E eu que pensava que não ia me apaixonar, nunca mais na vida." — Cantarolei em meio às risadas que eu e Chico trocávamos.

— "Eu podia ficar feio, só, perdido. Mas com você eu fico mais bonito, mais esperto." — Chico cantou e dando ênfase no mais bonito e mais esperto, fazendo eu dar uma gargalhada alta. — "E podia estar tudo agora, dando errado pra mim. Mas com você, da certo!"

Chico levou uma das suas mãos até o meu cabelo, colocando-o para trás. E antes que o refrão da música começasse, ele guiou a sua mão até a minha nuca, segurando o cabelo que estava ali e trouxe meu rosto próximo ao seu. Ele aproximou a sua boca do meu ouvido e começou a cantar:

— "Por isso, não vá embora. Por isso, não me deixe nunca, nunca mais."

Se eu dissesse que estava tudo bem, eu estaria mentindo. Eu estava nos braços do Chico Moedas, enquanto ele cantava Marisa Monte ao pé do meu ouvido. Parece loucura.

— "Por isso, não vá embora. Por isso, não me deixe nunca, nunca mais." — Levei minha mão a nuca dele e cantei da mesma forma que ele havia cantado, arrancando um sorriso sapeca dele.

*

Maciel insistiu para deixar eu e a Valentina na minha casa, para não voltarmos de carro de aplicativo, e eu fiz bom proveito da gentileza.

— Maciel, eu te agradeço muito pela carona. — Disse, com a voz um pouco embargada pela quantidade de cerveja que eu havia bebido. — Tu é 'dez, cara!

— É 'nois, Jadoca. — Ele acenou com a cabeça e se despediu da Valentina, dando partida no carro em seguida.

— Oi seu Carlos, boa noite! — Cumprimentei o porteiro assim que ele abriu a porta do edifício para nós duas. — Bom trabalho pra você!

𝗝𝗔𝗗𝗘; chico moedasOnde histórias criam vida. Descubra agora