017 - insônia;

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Mal havia conseguido pregar os olhos á noite

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Mal havia conseguido pregar os olhos á noite.

Enquanto Chico dormia serenamente ao meu lado, eu virava meu corpo de um lado para o outro, tentando dispersar meus pensamentos. E quando assustei, o dia clareou e logo os raios solares começaram a invadir o quarto.

Eu sabia que a noite de ontem, mudaria a minha relação com Chico, e eu não sabia o que esperar disso. Ao mesmo tempo que prometi que iria aproveitar esses dias ao lado dele, e só depois pensaria em todo o resto, eu não conseguia.

Sabia que tinha a chance de eu me apaixonar, de querer ser corpo colado ao meu, de querer que dancemos mais vezes, eu sabia que estava correndo esse risco. E não sei se eu queria.

Ver ele, dormindo tão profundamente ao meu lado, como se nos conhecêssemos a anos, me faz querer jogar tudo para o ares e me permitir viver esses dias ao lado dele, mas ao mesmo tempo, as consequências dominam meus pensamentos.

Meu celular já estava repleto de mensagens de ódio, por simples teaser — de um vídeo que nem foi ao ar ainda, não gosto nem de imaginar o que eu receberia se soubessem de tudo.

Balancei a minha cabeça, tentando dispersar meus pensamentos e decidi me levantar. Levantei tentando fazer o menor barulho possível e fui até o banheiro, decidida a tomar um banho de banheira extremamente relaxante.

Abri o armário embaixo da pia, encontrando alguns sais de banho, e peguei dois, despejando dentro da banheira. Puxei a torneira, e deixei a banheira encher, enquanto escovava os dentes.

Escutei um barulho vindo do quarto, e logo o reflexo do Chico apareceu no espelho do banheiro. Ele caminhava parecendo perdido, e assim que achou sua calça, soltou um suspiro aliviado e tirou um cigarro de dentro do bolso.

Ele sumiu do reflexo do espelho, mas eu ainda escutava seus passos, então deduzi que ele havia ido até a sacada para fumar.

Olhei para a banheira, e a mesma já estava repleta de espuma. Guardei a minha escova de dentes na necessarie — que estava acima da pia, e caminhei até a banheira, entrando em seguida.

Senti imediatamente os meus músculos relaxarem ao entrarem em contato com a água quente, e respirei fundo, observando a vista pela enorme janela por trás da banheira.

Tinha a vista perfeita da praia, que à essa hora, estava completamente deserta. As ondas vinham e voltavam, sendo iluminadas pelos raios solares que ainda estavam fracos.

— Tu não dormiu né? — Tomei um susto, colocando a mão sobre o meu peito e desviei o meu olhar da vista da praia, olhando para ele.

𝗝𝗔𝗗𝗘; chico moedasOnde histórias criam vida. Descubra agora