👑: Baile Real

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Autora_On
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O rei degustava seu vinho sentado em seu trono na parte alta do salão. Lá de cima, Park conseguia ver a todos. As princesas sentavam ao lado do rei, uma encostada em cada ombro, com as mãos envolvendo o seu braço forte .

- Ye-Ji- O baile está esplêndido, e essa música... como eu sentia falta disso.

- Ye-Ji- Muito obrigada, soberano, por nos proporcionar isso. Eu me sinto tão... viva.

- Ji-Min- Fico feliz que tenha gostado, só não acredito muito em suas palavras. Gostou mesmo?

- Ye-Ji- Sim, estou radiante.

- Ji-Min- Então por que a senhorita continua aqui? Por que não está dançando como todos esses convidados?

- Ye-Ji- Quero ficar um pouco com o senhor, não posso?

Ji-Min Sorriu, balançando a cabeça.

- Ji-Min - É claro que pode.

Park apressiava seus súditos dançando; tinha tanta gente que lotou o salão. Fazia tantos anos que não se via mais isso na Coreia.

- Ye-Ji - Acho que alguém está querendo falar com a vossa majestade.

O rei olha para a direção que lhe foi apontada; era uma mulher com um bebê nos braços.

- Mulher - Majestade. - diz a moça, se curvando.

- Ji-Min - Prossiga.

- Mulher - Eu poderia tirar uma foto do meu filho com o senhor?

O rei sorri para a mulher, não tardando a respondê-la.

- Ji-Min - Sim, claro.

Ji-Min pega a recém-nascida no colo com delicadeza; seus olhos se encontram com os da criança. Ela era tão linda, tão pequenina que o fez se derreter de amor. Seu coração se encheu de amor e o fez imaginar segurando não uma criança desconhecida, e sim um filho seu. Com certeza, seria um pai babão.

- Ji-Min - És tão bela, pequenina. - falava o rei, acariciando a bochecha gordinha.

A mulher já se preparava para pegar a criança quando o rei lhe olha com um sorriso nos lábios.

- Ji-Min - Posso segurá-la mais um pouco?

- Mulher - Pode sim, meu senhor.

- Ji-Min - Obrigado.

A criança brincava com seu colar, mas assim que ela tocou suas bochechas, o rei teve uma overdose de alegria. Seu coração se encheu de Júbilo, fazendo-o desejar ardentemente ser pai. O soberano entrega o bebê para a mãe; ela com certeza alegrou sua noite. Pessoas não paravam de chegar; mesmo não sendo tão cedo, ainda havia pessoas entrando pelos portões do palácio. A noite seria longa.

- Won-Young - Já pensou em adotar uma criança? Tenho a convicção de que seria um ótimo pai. Eu vi como o senhor olhou para ela. - Fala a princesa, cutucando a costela do rei com seu cotovelo.

- Ji-Min - Não tinha pensado nisso até agora.

- Ye-Ji - O senhor pensa em adotar mesmo? Ou pagaria uma princesa para fazer uma barriga de aluguel?

O rei parece pensar, mas balança a cabeça em negação.

- Ji-Min - Não creio que seria oportuno uma barriga de aluguel. Eu até gostei da ideia, mas imagino que a mãe se apegará à criança assim que seus braços ou sua boca se envolverem aos seios dela.

- Ji-Min - Já ocorreram muitos casos assim.

- Ji-Min - Mas adotar eu não acho uma má ideia; pelo contrário, gostei muito.

- Won-Young - Huuummm, prevejo um novo príncipe na monarquia coreana.

- Ji-Min - Nunca confidenciei meu amor por crianças.

Príncipes foram até o rei, presenteando-o com joias de luxo, essências e perfumes com preços absurdos.

Algumas pessoas já estavam se cansando e indo embora, enquanto outras acabavam de chegar. As princesas já estavam ficando entediadas; queriam muito dançar com o soberano, contudo, ele parecia deveras ocupado conversando com o Duque, as deixando enciumadas.

- Ye-Ji- Me concede essa dança? - convida a princesa, sorridente.

- Ji-Min- E se eu disser que não? - pergunta o rei, debochado.

- Ye-Ji- Dançará mesmo assim.

- Ji-Min- Mimada. - fala o rei, cutucando a testa da menina.

- Ye-Ji- Sou mesmo. Você fez seu trabalho com perfeição, me mimando desse jeito. - rebate com um sorrisinho nos lábios.

O soberano e a princesa entraram na pista, chamando a atenção de todos. Ye-Ji não poderia estar mais feliz; amava dançar e amava ainda mais dançar com seu rei. Os dois dançavam lindamente, com classe e elegância, entregando tudo o que tinham a oferecer com seus corpos. Gritos foram dados pelos convidados, adorando o que seus olhos viam. Há muito tempo o rei não dançava, mas agora estava fazendo isso perfeitamente aos olhos de todos.

Mas tudo que é bom dura pouco. Sua dança foi interrompida pelos guardas do castelo, que entraram fazendo barulho, chamando a atenção de todos, inclusive a do rei, que parou imediatamente de dançar. Um guarda carregava um menino nos braços, desacordado, com sangue por todo o corpo, chocando todos que passavam perto. O menino parecia ter anorexia agressiva; seu corpo se encontrava imundo e o odor se espalhava por onde passava. Não parecia nada bem, e Ji-Min o reconheceu de imediato. Era ele, o garoto de quem desconfiava que sofria maus-tratos, e agora teve a sua comprovação.

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