Supernova

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Todas as noites, os olhos de uma pequena menina observavam o céu sobre o Oceano Índico.

Essa menina se chamava Alaia, e ela se encantava com as estrelas.

Um belo dia, ela viu uma estrela que não se lembrava de ter visto antes.

— Ali, que estrela é aquela? Nunca havia a visto. — perguntou ao seu irmão mais velho.

— Não sei, me parece que ela morreu. — ele respondeu.

Alaia franziu o cenho, olhando para seu irmão, e para a estrela, e por fim para seu irmão novamente.

— As estrelas morrem? — perguntou.

Ali riu.

— Sim. — respondeu — As estrelas, na verdade, são mais brilhantes quando morrem. Algumas estrelas são tão pequenas, ou estão tão longe da Terra, que só podem ser vistas quando morrem.

Alaia parecia ainda mais confusa.

— Mas, se a estrela está morta, não deveria deixar de brilhar?

Seu irmão sorriu mais um pouco, sem deixar de admirar o céu.

— Nenhuma estrela morre sem ser vista, elas são brilhantes demais para isso.

Alaia pensou que Ali tinha razão. Se algumas estrelas não poderiam ser vistas quando estavam vivas, ela se sentiu menos mal de saber que ao menos em algum momento podia vê-las.

Ali continuou falando.

— Assim, os humanos chamam algumas estrelas de nova, e chamam a explosão ou morte de supernova.

— Então ela vira um super-herói quando morre? — Alaia perguntou.

— Sim. — Ali disse — Às vezes, sim.

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Notas finais:

Sim, eu sei que existem erros de definição no texto (calma, físicos de plantão), mas deixa eu explicar, porque foi proposital T-T.

As personagens desse conto (?) são Alaia e seu irmão mais velho, Ali (Alistair). São personagens originais minhas, e foram criadas em um contexto bem específico. Primeiramente, eles dois não são humanos, e acho que é possível notar isso quando Alistair cita que "os humanos chamam". Ambos são sereianos, e vivem entre o Oceano Índico e o Pacífico. Além disso, ambos não sabem ler (nas línguas humanas), mas já conviveram entre humanos na Austrália e por isso falam inglês, especialmente Alistair. Existem algumas incertezas quanto a qual seria a língua materna deles, mas eu gosto de pensar que foi esse mesmo inglês australiano.

Os dois vivem sozinhos, e só tem um ao outro. Assim, Alistair tem um carinho muito grande pela irmã e tenta cuidar dela da melhor maneira que pode. Para isso, existem várias coisas que eles fazem juntos para passar o tempo, e duas delas são observar as estrelas (tanto que eles sabem se guiar por elas) e contar histórias. Nesse texto, Alistair faz os dois, e embora ele não tenha certeza absoluta da procedência dessas informações tão científicas, gosto de imaginar que ele as disse com bastante convencimento pelo bem de sua irmã, do mesmo modo que conta qualquer outra história.

É isso que quis compartilhar por hoje, então sei lá, espero que tenha sido uma curta, mas agradável leitura.

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