Itadori é péssimo em falar sacanagem e Sukuna é pior ainda

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Yuuji e Megumi namoravam há pelo menos três meses, se davam tão bem que chegava a ser assustador do ponto de vista de quem os conhecia, podiam dizer com facilidade que não tinha nenhum problema em seu relacionamento, mas infelizmente, as coisas não estavam exatamente desse jeito. Quem dera estivessem.

E qual era o problema? Bom, ele tinha um nome; começava com Satoru e terminava com Gojo.

Os ciúmes excessivos de seu professor e pai adotivo, se tornaram uma pedra no sapato de Megumi antes que ele pudesse se dar conta. Queria ficar a sós com seu namorado, dar as mãos e trocar carícias singelas e não podia, pois Satoru os vigiava como uma águia e na primeira oportunidade, ia intervir na situação e daria um jeito de os separar até o fim do dia, seja deixando Megumi atarefado ou vindo com alguma missão que os colocaria em times diferentes.

Aquele dia em específico, havia sido um desses dias em que Gojo pegava no seu pé o dia inteiro. Não o deixou sair nem mesmo para ir mijar sozinho, tal foi sua surpresa quando pediu para ir ao banheiro e ao sair de lá, após terminar suas necessidades, se deparar com Satoru Gojo agachado do lado da porta, abraçando os próprios joelhos e desenhando linhas invisíveis no chão.

Quando questionado, Satoru apenas respondeu que estava ali para o proteger ou garantir que Megumi não escorregaria, bateria a cabeça no urinol e morreria de paralisia cerebral.

Aquela era a pior desculpa esfarrapada que Fushiguro já tinha escutado em toda sua vida e olha que aquele cara era bem criativo. Satoru claramente estava bancando o segurança porque não apoiava aquele relacionamento, na verdade, ele e Nobara não apoiavam o seu relacionamento com ninguém, até pouco tempo, Itadori também estava nesse complô, mas agora que seu próprio grupo tinha se voltado contra ele, já não estava mais tão legal.

Ao menos Nobara não ficava como um cão de guarda na sua cola todo o tempo, Gojo estava se tornando o equivalente a um de seus cães divinos a essa altura, nem ir pra casa sossegado ele conseguia, estava pulando as saídas com os próprios amigos depois do trabalho apenas para garantir que os dois não dessem nem mesmo um selinho!

Megumi não estava vendo a hora do dia terminar. Queria passar um tempo com seu namorado, então o combinado era se encontrar em um dormitório secreto no fim do dia. Era um lugar abandonado e muito isolado das dependências da academia. Yuta e Inumanki tinha o descoberto muito por acaso — segundo eles — e vendo o perrengue que o casal estava passando, resolveram ceder o lugar que era escuro, cheio de mofo e pó e tinha apenas um colchão surrado no chão. Era o suficiente para uma rapidinha e Satoru não sabia sobre esse lugar.

Era seguro. Eles não tinham o que temer também, desde que eram feiticeiros Jujutsu. Pelo menos Megumi estava com essa garantia toda porque seu tesão estava falando mais alto que sua razão. A carência o dominava de uma forma, que seu corpo ansiava por ter algo com Yuuji, nem que fosse algo como um beijo de língua ou alguns selinhos. Estavam namorando há três meses e por causa de Satoru, nem beijar ele podia! E não era só com Itadori, era com toda e qualquer pessoa, Gojo só não era um lunático quando o assunto era lhe colocar em risco em missões ou o espancar durante os treinamentos, mas namorar não, aí Megumi estava cruzando a linha vermelha do perigo, não pra si mesmo, mas sim para seus parceiros, Satoru não era tão gentil quando o assunto eram ameaças.

Toda essa carência e necessidade afetiva acabou por fazer Megumi esquecer o fator mais importante e um dos motivos pelos quais não podia ficar sozinho com Itadori por tanto tempo; Ryomen Sukuna.

Não que tivesse algum problema muito grande com ele. Desde que o rei das maldições tinha o usado como bola de vôlei quando se enfrentaram pela primeira vez, seus futuros encontros foram mais agradáveis. Fushiguro cogitou invocar Mahoraga na segunda vez em que ele apareceu do nada, mas com uma breve conversa de seu jeito Sukuna de ser, ele se explicou e conseguiu fazer essa ideia sair da mente do feiticeiro. Estava apenas tentando conhecer o parceiro de seu receptáculo, mas Megumi não conseguia entender o ponto disso, até que Sukuna começasse a ter avanços mais íntimos para cima de si, o que ele não negou.

Amor, fala sacanagem pra mim? - SukufushitaOnde histórias criam vida. Descubra agora