Colocando as cartas na mesa

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- É, ela mudou bastante...

- Achei até estranho você reconhecer ela, mudou até o dna. Então ele me olha.

- Bom, como não reconhecer o nosso primeiro amor.

Porra, piorou tudo, travei...

- Bom, foi bom te ver mais eu e ela vamos dar um pulo no banheiro. Então ela me arrasta.

Entramos no banheiro e ela trancou a porta

- Que porra Deyse, não era pra ele estar aqui.

- Você disse antes de sairmos que ele não viria, não sei oque fazer aliás ele me reconheceu de primeira.

- E agora?.

- E agora, Só me resta beber até dar a hora da gente ir embora, ele não vai me morder neh, ou vai?. Digo a olhando com cara de espantada.

- Qual é, agora dá pra vocês ficarem juntos, nada podem os separar de novo... E não vem com esse papinho que você é imperfeita que se não eu meto a mão na sua cara garota.

Eu não consigo evitar de dar risada

- Bom, vamos logo, preciso beber.

- Ok, sua bebum.

Saimos e do nada a música mudou todos estavam dançando animados...

- Achei que tinha fugido de mim, de novo...

- Bom, vou deixar vocês a sós, meu namorado está me ligando.

Então ela sai e fica apenas eu e o Yan

- Bom, já que vai ficar esse climão que seja com nós dois bêbados. Entrego um copo pra ele, então ele sorri e vira.

- Com oque você está trabalhando?.

- Sou estilista.

- Bem a sua cara mesmo, pelo seu jeito de se vestir te entrega todinha.

Dou mais um gole

- E você?.

- Sou um empresário, como muitos dizem um "CEO".

- Mentira, Você?.

- Porque não, isso é como uma ofensa. Ele diz em um tom de sarcasmo.

- Relaxa aí, pra mim você continua o mesmo badboy de sempre.

- E você só mudou a aparência, porque de personalidade continua a mesma de sempre.

- Isso é algo bom, ou ruim?.

Ele pega outro copo e vira...

- Isso é bom, mais vamos realmente pro que interessa, ficar de papo furado não é comigo, eu ainda te amo e você sabe muito bem.

- Yan...

- Yan nada Deyse... não vou levar mais um fora seu e ficar "De boa", e viver como se não te amasse, você vai ser minha querendo ou não, por bem ou por mal.

- Isso foi uma ameaça?.

- Isso não importa, todos esse anos você não deu as caras, você me bloqueou em tudo, eu mandava cartas na sua casa todos os dias, sendo o único meio de comunicação e você nunca me respondeu.

- Eu precisava mudar, e se eu ficasse com você eu não iria conseguir Yan, você não entende que você é meu ponto fraco?.

- Sou?.

- Era, falei errado. Bebo mais ainda.

- Você nunca precisou mudar, seu corpo nunca foi um problema Deyse, pra mim... você sempre foi perfeita.

- Não digo só em físico, e sim que meu psicológico estava todo fudido, e você nunca iria entender nada, se eu ficasse com você eu iria continuar afundando cada vez mais, e a dor de abandonar você apenas me ajudou a ter forças pra continuar.

- Mais agora, você conseguiu oque você queria, podemos ficar juntos, e poderemos fazer muitas coisas que não fizemos...

Ele me olha e eu não consigo evitar de dar risada

- Você não está dizendo do que eu estou pensando neh.

- Talvez, você me disse que nunca transou quando nós nos conhecemos.

- Você vem com essa marra toda, e nem sabe se eu posso estar namorando, ou até mesmo ter transado com alguém durante esses anos, duvido muito que você não transou com um monte de garotas nesses últimos anos.

- Se você está querendo me falar que você não é mais virgem eu não acredito, e se isso for verdade eu mato o ser que fez isso, porque esse papel é meu, e não, eu estou na seca desde quando você foi embora, então imagine quantas vezes aquela foto que você tirou no meu celular não me salvou.

- Credo Yan.

- Aliás obrigado pelo presente.

- Apaga isso. Digo fazendo cara de nojo.

- Nunca, vou continuar passando meu pau na tela do meu celular. Ele dá risada.

Eu viro dois copos de uma vez...

- E eu recebi todas as cartas que você me mandou, o Luan me enviou todas elas.

- Sério?.

- Sim, ele ficou com dó de jogar elas foras e agora tenho uma caixa com mil cartas suas dizendo o quanto me amava ou o quanto sentia falta de mim, o quanto se sentia vazio.

- Não precisa me lembrar das minhas vergonhas alheias.

- Vergonha é falar que você esfregou o pau na tela do celular com a minha foto nele.

- Se preferir na próxima eu posso esfregar nesse seu belo rostinho. Ele diz sorrindo maliciosamente.

- Para Yan, seu louco a bebida já tá fazendo efeito.

- Esse sou eu sóbrio, você ainda não me viu bêbado, no dia que isso ocorrer você não vai poder fugir de mim. Ele diz dando risada.

- Então sugiro que pare de beber.

- Agora que esta ficando divertido? Não.

Depois de alguns minutos em silêncio, Yan não parava de beber e muito menos eu...

- Vamos dançar?.

- Eu não sei dançar, ainda mais música lenta.

- Aprende. Ele diz me guiando até a pista de dança.

Ele se aproximou fazendo nossos corpos se tocarem, colocou sua mão na minha cintura e eu meus braços no seu ombro, com um grande sacrifício

- Você sendo um verdadeiro avatar neh Yan.

- Não tenho culpa que você tem nanismo.

- Cala boca idiota.

Então ele dá risada enquanto nós dançavamos lentamente, isso realmente não é pra mim.

Só senti sua mão descer aos poucos

- Não sou idiota tá, pode parar.

- Com oque?.

- Com essa mão aí.

- Essa aqui. Então ele desliza sua mão até minha banda e a aperta.

Eu me afasto... E vou até Suzy

- Vamos embora.

- Mais já?.

- Sim, já estou bêbada, e é melhor irmos antes que eu ou o Yan faça alguma besteira.

- Ok, só vou me despedir das pessoas, vai indo na frente.

- Tá bom então, só não demore muito.

Começo a andar me segurando pelas paredes antes que eu caísse...

Ao chegar do lado de fora olhei pro céu que estava perfeito, a lua iluminava tudo com o seu brilho intenso

Sinto mãos na minha cintura, já tenho uma ideia de quem possa ser...

Bully girl dark romance +18Onde histórias criam vida. Descubra agora