Olá, Petrus.

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Ao entrar na pequena construção, Petrus percebeu que estava em uma espécie de cabana rústica. O interior era simples, com móveis de madeira e uma lareira apagada no canto. Ele olhou ao redor, esperando encontrar alguém, mas a cabana estava vazia.

  Saindo pela porta dos fundos, Petrus encontrou-se em uma pequena aldeia cercada por árvores exuberantes. As casas ao redor tinham uma arquitetura peculiar, com telhados inclinados e janelas circulares. Havia um charme rústico e acolhedor em cada estrutura, como se cada casa tivesse sua própria personalidade.

  Enquanto caminhava pela aldeia, Petrus notou que os animais ao redor eram diferentes de qualquer coisa que ele já tinha visto. Criaturas aladas de cores brilhantes voavam entre as árvores, emitindo sons melodiosos. Pequenos animais peludos com olhos grandes e curiosos espreitavam de dentro de arbustos, e alguns se aproximavam timidamente, como se quisessem inspecionar o novo visitante.

  Um desses animais voadores pousou no ombro de Petrus, surpreendendo-o. A criatura tinha penas multicoloridas que brilhavam à luz do sol e olhos que pareciam conter um entendimento profundo. Petrus sentiu um calafrio de excitação e curiosidade, enquanto a sensação de irrealidade se intensificava.

  Continuando seu caminho pela aldeia, Petrus encontrou mais sinais de vida. Havia hortas bem cuidadas, com vegetais crescendo em perfeita ordem, e fontes de água cristalina que brotavam do chão. Ele avistou figuras ao longe, moradores da aldeia, indo e vindo em suas tarefas diárias.

  Decidido a encontrar alguém que pudesse explicar onde estava, Petrus se aproximou de um grupo de pessoas reunidas em torno de uma grande árvore no centro da aldeia. Eles pareciam envolvidos em uma conversa animada, mas quando o viram, pararam e se viraram em sua direção.

  -Olá- disse Petrus, tentando parecer confiante. -Vocês podem me ajudar? Eu não sei onde estou ou como cheguei aqui.

  Um dos moradores, uma mulher de aparência gentil e olhos penetrantes, deu um passo à frente. -Bem-vindo, Petrus- ela disse, surpreendendo-o por saber seu nome. -Você está em um lugar entre mundos. Venha, vamos te contar mais.
 
  A mulher tinha a pele em tom de roxo, um roxo bem fraco, parecendo desbotado. Seus olhos eram de duas cores, o direito amarelo ouro e o esquerdo branco, era nítido que a mulher era cega de um olho.
 
  Sem dizer uma palavra, apenas com um balanço de dedos, a mulher o levou para um lugar totalmente diferente de onde eles estavam. Esse lugar parecia mais com de onde ele veio, o mundo humano.

  -Onde eu estou? Onde eu estava? Quem é você? Petrus perguntava a mulher que o olhava com um sorriso singelo no rosto. Ela o passava um ar de conforto, era extremamente estranho e satisfatório estar perto dela.
 
  -Eu me chamo Liora Monlune, sou uma Karnu, estamos em Phispim, um pequeno vilarejo em kirglem  um pequeno país em Gardoria.

  O nome Gardoria ecoava em sua cabeça, era um tanto quanto familiar... -Que lugar é esse? Por que eu estou aqui?.

  -Pequeno Gardon, você está em casa. O porquê de sua vinda é um mistério que você ainda irá solucionar, mas fique calmo que nós iremos te ajudar a desvendar o motivo de sua agradável volta.
 
  "Gardon. Casa. Nós. Volta. Eu já estive aqui?" Tanta coisa passava pela cabeça de Petrus.

  -Sim garoto, ah muito tempo atrás...- uma outra mulher entrou na casa, ela se parece muito com Liora. -Me chamo Elara Monlune...

"A jornada de Gardon Petrus".Onde histórias criam vida. Descubra agora