Após a chuva, andávamos sem destino
Na calçada molhada, pingos atrasados ainda caiam das árvores
As poças no chão refletiam nossos pés descalços
Automóveis transitavam intermitentes
Fazendo sons úmidos característicos
Ao passar por cima das lâminas d'água
A tarde caia rapidamente
E quanto mais nos afastávamos de nossas casas
Menos preocupados ficávamos em retornar
Na época tínhamos uma forte amizade
Como aqueles anti-heróis
Daqueles velhos filmes de Faroeste Italiano
Eramos realmente bons amigos
O mundo era nosso e éramos realmente livres
E talvez esta simples percepção de liberdade
Fez com que a continuidade das setas do tempo
Nos tenha lançado para diferentes destinos
O tempo passou e eu continuei ouvindo das mesmas músicas.
E ele parecia ter ficado mais sofisticado
Enquanto eu gargalhava com as mesmas piadas
Seu semblante enrijeceu emoldurando o ar severo de reprovação em seus olhos
E então... Aos poucos fomos deixando de conversar
Diferentes cidades, diferentes destinos, diferentes vidas...
Nasceram ontem....
...Depois da chuva...
Muito Antes da Fina Arte da Relojoaria
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Muito Antes da Fina Arte da Relojoaria
Художественная прозаAs histórias deste livro são o fruto de vários ensaios, reflexões, estudos e memórias onde tomo a liberdade poética de misturar a ciência com a fantasia, porém basicamente ainda é um livro de contos, uma espécie de convite para uma viagem diferente...
