Aᴠᴇɴᴛᴜʀᴀ Bʀɪᴛᴀ̂ɴɪᴄᴀ - 𝓗𝓪𝓻𝓻𝔂 𝓒𝓸𝓵𝓵𝓮𝓽𝓽

Capítulo III

Os dois dias seguintes foram cheios de ansiedade e Kaylee dormiu na casa dos Roussel nos últimos dois dias. Maya e Kaylee não conseguiam dormir. Ambas muito animadas com a viagem. Naquela noite. Nem mesmo Maya conseguiu dormir. Até seus pais estavam ansiosos.

As duas da manhã ambas as meninas começaram a se arrumar, as três e estavam no aeroporto se despedindo de suas famílias.

-Vou sentir saudade, pai.- Disse Kaylee enquanto abraçava Daniel.

Maya estava recebendo sermões de sua família e ela apenas revirava os olhos com o discurso. Seu irmão Aiden parecia o único que se importava que ela iria ficar fora por um ano. O garoto de doze anos estava com os olhos vermelhos de tanto chorar. Mas nenhuma lágrima caia, pois ele havia chorado em casa.

Seu pai havia dito que ela estudasse seu inglês e sua mãe dizia que ela estudasse para entrar em uma boa faculdade. Seus pais queriam que ela fosse para fora do país explorar as faculdades, por isso permitiram que ela fosse passar um ano fora. Maya descobriu isso quando chegou em casa e mostrou a sua passagem.

Todos os passageiros do vôo 437 - Destino Londres - Reino Unido, se apresentem na sala de espera. O vôo parte em 30 minutos.

Maya deu um último abraço em seu irmão e deu um aceno para seus pais e entre lágrimas, a família Martin se separou.

Ambas as meninas encararam suas famílias uma última vez antes de irem procurar seu portão.

Kaylee enxugou as lágrimas.

-Pronta?- Ela perguntou com a voz embargada, mas confiante.

-Mais que nunca.- Elas deram as mãos e deram continuidade em sua aventura por Londres.

As meninas acharam rápido o portão e não demorou muito para elas serem chamadas para embarcar.

Enquanto procuravam seus acentos 39 - 40, Maya notou uma mãe e seu filho de mais ou menos uns 3 anos sentados em seu lugar.

-Com licença, senhora, esses lugares são nossos.- Maya falou educadamente.

-Oh querida, é que o meu filho quer ficar na janela. Tenho certeza que você e sua amiguinha podem se sentar em outro lugar.- Ela falou com um tom de voz enjoativamente doce, e Maya deu um sorriso falso.

-Mas acontece, que nós pagamos pra sentar aqui. Então mais uma vez, eu gostaria de pedir com educação que a senhora se retirasse.- a garota pediu mais uma vez, tentando não se estressar e assustar a criança. Kaylee já estava se estressando.

-Os jovens de hoje em dia não tem mais educação como antigamente, e só pelo seu tom de voz, eu não vou sair.-

"Agora eu perdi a paciência." Pensou Maya.

-Aeromoça!- A garota chamou.

Uma mulher simpática de uns 25 anos apareceu e sorriu para a menina.

-O que foi senhorita?- perguntou a aeromoça.

-Essa velha barraqueira não quer sair do meu lugar e do lugar da minha amiga com o filho dela. E eu já pedi duas vezes.- a mulher engasgou em choque com a ofensa.

-Quem você está chamando de "velha barraqueira"?- Ela perguntou em descrença e Maya soltou uma risada sarcástica.

-Sério que essa foi a parte que você ouviu?- A aeromoça parecia desconfortável e Kaylee segurava o braço de Maya numa tentativa falha de acalmá-la.