Capitulo 1 - Queda e Ascenção.

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Final do torneio de Roland Garros, 8 de Junho de 2024, Paris, França

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Final do torneio de Roland Garros, 8 de Junho de 2024, Paris, França.

A quadra Philippe Chatrier, nunca esteve tão lotada. Todos os rostos ali presentes, nos assentos ou fora deles, estavam atentos às duas figuras em ação. Uma parcela do mundo inteiro estava assistindo a disputa que estava sendo transmitida por canais de esportes e links duvidosos. A atmosfera do ambiente era mágica, tensa e desafiadora para as duas jogadoras. Mesmo que não tivesse barulho, pois partidas como essas exigiam o mais absoluto silêncio dos espectadores presentes, ainda sim era possível ouvir a tensão no ar. As respirações pesadas, os corações de quem torciam pela sua favorita. Era o som da bola amarela e branca sendo acertada por raquetes com força e agilidade, e os grunhidos daquelas que golpeavam o objeto pequeno e redondo como se fosse o último ato de suas vidas que preenchiam todo o espaço. Era uma mistura de coisas que faziam daquele momento, único, majestoso e imprevisível. Era um verdadeiro Caleidoscópio de emoções.

Todo movimento, toda estratégia e cada jogada feita era calculada. A número 1º versus a número 2º no atual ranking da WTA. Uma cubana e uma norte-americana. As melhores tenistas do cenário atual, e as duas figuras mais controversas do esporte mundial.

Lauren Jauregui, a favorita do público, a mais jovem na história a disputar tantas finais de um torneio desse nível, apenas 22 anos. Mesmo com tão pouca idade ela já coleciona títulos por todos os circuitos: Challengers, WTA 1000, WTA 500, Elite Trophy, Citi Open, Australian Open, US Open, Roland Garros e o tão prestigiado Wimbledon. O número de conquistas refletia o seu talento. Era uma jogadora completa. A revelação, uma estrela em ascensão. Era a princesa do circuito, aquela que estava levando o tênis feminino a um salto estratosférico de popularidade, e principalmente de nível. A atleta de olhos verdes penetrantes e cabelos escuros sempre carismática em entrevistas, distribuindo sorrisos e bons modos em público. Mas em quadra, ela é letal. Seu jogo é trabalhado na sua força e agilidade, e seus adversários sempre temiam sua próxima jogada habilidosa.

Talvez fosse o seu forehand poderoso que sempre encontrava uma paralela para pontuar, talvez fosse a forma como ela se movimentava em quadra. Não importava se ela caminhava, corria ou deslizava. Seus movimentos eram graciosos, seja qual fosse a superfície. Ela brilhava e todos paravam para assistir. Esse conjunto de coisas atraía aqueles que nem mesmo sabiam o básico do esporte. E para alguns, Lauren era considerada única. Muitas vezes comparada com Maria Sharapova, devido ao seu estilo de jogo, o talento, as roupas que usava em disputas e por sua beleza de tirar o fôlego.

Camila Cabello, por outro lado, era o seu oposto. Principalmente em personalidade, pois o número de títulos, o talento e a beleza estavam igualados. Ela já foi a número 1, conquistando inúmeros títulos pelo mundo. Tinha o número necessário de Grand Slam na carreira que a fez ser reconhecida como a melhor jogadora em atuação da sua geração. Já foi adorada por todos, ovacionada em torneios antes mesmo de iniciar um jogo, porque sua presença ali era uma garantia de que sairia vitoriosa. Cabello já foi uma grande revelação do tênis, uma estrela em ascensão. Mas sua jornada foi marcada por muitos escândalos, estampava as primeiras páginas de revistas e os tabloides se alimentavam de cada movimentação da vida da atleta, sendo verdade ou não.

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