Após receber a trágica notícia do falecimento de Karen, Telma não aguentou e saiu correndo do hospital em um ato de desespero.
A mulher correu até a parte de dentro do verona e começou a encarar a portaria onde Fausto costumava a ficar antes de fugir. Em seus olhos havia tristeza e ódio.
Telma-...Parabéns, Fausto...Parabéns, seu maníaco desgraçado...PARABÉNS, VOCÊ CAUSOU O DESAPARECIMENTO DE DOIS PRÉ-ADOLESCENTES E AINDA MORTE DE UMA. EU TE ODEIO, EU TE ODEIO MUITO SEU DESGRAÇADO.
Apesar de Fausto não estar lá, Telma continuava gritando para o local na intenção de descontar toda a sua raiva e tristeza. Todos do condomínio que passavam por lá a observavam, curiosos com aquela situação.
Telma gritou com o lugar "vazio" por alguns minutos, até que Mauro e Laura apareceram para checar o motivo de toda aquela confusão.
Mauro-Telma, o que aconteceu?
Laura-É, por que você tá tão desesperada assim?
Telma-...E-EU VOU MATAR O FAUSTO. E-EU QUERO ELE MORTO.
Telma tentou correr para fora do condomínio, mas foi impedida por Mauro e Laura.
Mauro-Telma, se acalme. eu sei que a situação da Karen é bem delicada mas-
Telma-ESSE DESGRAÇADO MATOU MINHA FILHA. ELE MATOU MINHA MENINA DO MEIO. ELE MATOU UMA PRÉ-ADOLESCENTE, ELE MERECE MORRER.
Mauro e Laura se encararam, preocupados e assustados.
Laura-...Quer dizer que...
Telma então se sentou no chão, mas sem deixar de chorar e gritar por nenhum minuto sequer.
Telma-A-A Karen não resistiu, gente. E-Ela tá morta.
Os outros dois adultos se sentaram ao lado de Telma e colocaram suas mãos em seus ombros.
Mauro-Nós...Nós sentimos muito, Telma. eu...eu imagino a dor que você está sentindo nesse momento.
Laura começou a encarar a parede em sua frente, pensativa.
Laura-Meu Deus...pobrezinha, tão nova...coitada das meninas também, ver a irmã falecendo de uma forma tão trágica...
Mauro-...O Alex deve estar bem mal também, ele gostava muito da Karen. eles cresceram juntos, sabe?
Laura-Sei, sei sim...
Mauro deixou de olhar para Laura e voltou a olhar para Telma, que cobria o rosto com as mãos.
Maura-Telma, se há algo que nós possamos fazer para te ajudar, nós-
Telma-S-Só se puderem acabar com o Fausto por mim ou trazerem minha menininha de volta.
Mauro-Telma, tente se acalmar.
Laura-Mauro, pedir para ela se acalmar não é uma boa coisa. uma das filhas dela acabou de falecer. isso nunca aconteceu comigo e espero que nunca aconteça, mas a dor de uma mãe ao ver um de seus filhos falecer é pior do que qualquer tipo de dor física ou outra dor emocional no mundo.
Mauro suspirou.
Mauro-É...cê tem razão, me desculpe Telma...mas tente se controlar, ok? a Lívia e a Ellen vão precisar muito de você agora. e se você fizer alguma coisa contra o Fausto, você não vai conseguir se cuidar e cuidar delas atrás das grades.
Laura-Nisso o Mauro tem razão, Telma. Você tem todo o direito de sentir ódio dele e de querer justiça, mas não faça isso com suas mãos ok? Lívia e Ellen precisam da mãe livre, e não presa. Fora que a tristeza que a Karen sentiria lá do céu ao ver a mãe presa seria gigante também.
Telma-...O-O que me conforta um pouquinho, quase nada, mas um pouquinho...é-é saber que agora ela está com o pai e ele está cuidando muito bem dela...
Mauro-Isso, pensa por esse lado. pensa que pelo menos o Plínio está cuidando muito bem da filha de vocês.
Telma tirou as mãos do rosto e voltou a olhar para a parede em sua frente.
Telma-E-Eu não sei se vou conseguir seguir em frente, gente...m-minha menininha...
Laura-Você vai sim. Eu sei que é uma dor imensa e que nunca vai passar, mas eventualmente você vai conseguir com que ela amenize um pouco e vai conseguir seguir em frente.
Mauro-É, e nós podemos te ajudar com isso se você aceitar.
Em meio às lágrimas, Telma deu um curto e forçado sorriso para os dois.
Telma-O-Obrigada pelo apoio gente. e-eu fico feliz em saber que eu posso contar com vocês...
Mauro e Laura também sorriram desanimados para Telma.
Enquanto isso...
Daniel-Mas...doutor, você tem certeza de que a menina está realmente morta?
Médico-Infelizmente sim, senhor...nós fizemos o possível para reanimá-la, mas...nada funcionou.
Daniel suspirou e encarou os jovens chorosos ao seu lado e também sua namorada, que continuava abraçando a pequena Ellen.
Lívia-I-Isso é tudo culpa minha...e-eu matei a Kaká. e-eu deveria ter olhado aquela localização bem mais cedo.
Alex olhou para Lívia. ele queria dizer à menina que ela não tinha culpa de nada, assim como ele já havia feito antes. mas não conseguia. Ele obviamente não a culpava, mas estava muito transtornado para emitir qualquer outro tipo de som além de seu choro.
Médico-Eu sinto muito pela perda da menina...nós precisamos desligar os aparelhos agora e-
Patrick-E-Esperem....S-Será que eu posso ficar um pouco sozinho com ela?
Médico-Olha garoto, eu sei que aceitar essas coisas é difícil. mas infelizmente a menina já não está mais viva e você não pode conversar com ela sendo que ela está morta.
Patrick-E-Eu sei, m-mas eu quero ficar uma última vez com ela antes do corpo dela ser mandado para...p-para...
Mariana-...O IML.
Patrick-É-É...
O Médico suspirou.
Médico-Tudo bem garoto, mas apenas 5 minutos. precisamos desligar os aparelhos.
Patrick-T-Tudo bem.
Patrick então entrou no quarto de Karen e fechou a porta.
Suas lágrimas se intensificaram e suas mãos começaram a tremer ao ver novamente a menina morta na maca.
Patrick se aproximou de seu corpo, a abraçou e descansou sua cabeça na cabeça dela, sem deixar de chorar por um segundo sequer.
~To be continue~
N/A: N me matem. Apesar de tdo isso ainda tem coisas boas pra vir.
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"Isn't it Lovely?"
Fanfiction"Isn't it Lovely? All alone Heart made of glass My mind of stone..."